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Análise Crítica: Investimentos do Cruzeiro sob Gestão de Mattos
Por Redação Raposa Azul em 10/04/2025 12:00
Gastos Ineficientes e Contratações Duvidosas no Cruzeiro
Em análise contundente, o colunista Walter Casagrande, do UOL News Esporte, questionou a estratégia de investimentos do Cruzeiro na presente temporada, especialmente no que tange às contratações realizadas sob a batuta de Alexandre Mattos. Segundo o comentarista, a Raposa incorreu em gastos excessivos e, o que é ainda mais grave, investiu de forma inadequada, comprometendo o desempenho da equipe.
Casagrande não poupou críticas à política de contratações, afirmando que "O Cruzeiro contratou muito mal. Isso estava na cara, não fui só eu que falei quando começaram a fazer as contratações que isso aí não ia dar certo ou que o risco era muito grande." O colunista enfatiza que as falhas eram evidentes desde o início do processo de aquisição de jogadores.

O Método Mattos: Amizade Acima da Estratégia?
O colunista questiona o método de trabalho de Alexandre Mattos, sugerindo que este prioriza a relação pessoal com os jogadores em detrimento de uma avaliação criteriosa de suas reais condições e necessidades do time. "Alexandre Mattos o estilo dele é esse: ele contrata, se o jogador pede três caminhões, ele convence o presidente a dar os três caminhões, sem saber se vai dar time ou não.", critica Casagrande, insinuando que a gestão de Mattos se baseia em impulsos e acordos de bastidores, sem a devida análise do impacto no desempenho do clube.
Supervalorização de Jogadores em Declínio
Casagrande aponta para um problema específico: a contratação de jogadores que, embora tenham tido momentos de destaque no passado, já não se encontram no auge de suas carreiras. Pior ainda, esses atletas estariam sendo remunerados como se ainda estivessem em seu melhor momento. "Paga uma fortuna para o Dudu, que era reserva do Palmeiras, para o Gabriel, que era reserva do Flamengo, o Cássio estava já saindo do Corinthians, o Fagner era reserva do Corinthians, o Fabrício Bruno era reserva do Flamengo. E está todo mundo ganhando como se tivessem sido contratados no auge da carreira.", exemplifica o colunista.
Para Casagrande, a responsabilidade por essa situação recai diretamente sobre Alexandre Mattos. "Qual é o maior responsável? É o Alexandre Mattos, não é a primeira vez nem o primeiro trabalho que ele faz desse jeito. Aliás, ele só trabalha assim ? compra um caminhão de jogador, vai muito pela amizade, pela convivência com o cara, e não se preocupa se está gastando muito ou pouco.". O colunista sugere que o dirigente prioriza a quantidade em detrimento da qualidade, movido por relações pessoais e sem levar em conta as consequências financeiras para o clube.
Reação de Richard Ríos: Emoção X Razão no Campo
Em outro ponto de sua análise, Casagrande comentou sobre a atitude de Richard Ríos, do Palmeiras, que pediu silêncio à torcida após marcar um gol contra o Cerro Porteño na Libertadores. Embora reconheça que a atitude foi equivocada, o colunista pondera que a reação do jogador deve ser compreendida dentro do contexto emocional de uma partida de futebol. "Sobre o Ríos, a torcida estava pegando no pé dele antes de ele fazer o gol. Ele não fez o silêncio de graça, da cabeça dele ? 'fiz o gol e vou mandar a torcida calar a boca'. Não foi isso, a torcida estava vaiando.", explica.
Casagrande defende que "Então, a reação dele foi errada? Cara, quem está dentro do campo é ele, na tensão, ouvindo a torcida vaiar qualquer jogada errada. Na hora que ele faz o gol, ele tem uma reação instintiva, não é uma coisa pensada ? o cara não pensou no vestiário 'se eu fizer um gol, vou mandar a torcida calar a boca'. Ele errou? Errou. Mas não pode ser condenado por isso porque ele está dentro do campo e tem que levar em consideração as reações do jogador no meio de uma partida de futebol."
A Análise Distanciada e a Realidade do Jogo
O colunista critica a postura de parte da imprensa esportiva, que, segundo ele, analisa as reações dos jogadores de forma fria e distante, como se estivessem avaliando um programa de televisão. "A própria imprensa esportiva analisa as reações do jogador de futebol como se ele estivesse na sala da casa dele, vendo TV, como se ele tivesse tomando um copo d'água sentado no sofá.", critica Casagrande.
O colunista conclui que "O cara está correndo, jogando, disputando, é competitivo, está difícil o jogo, ele erra e a torcida vaia, e ele teve uma reação instintiva. Isso não é condenável.". Para ele, é fundamental levar em consideração a pressão e a intensidade do jogo ao analisar as atitudes dos atletas.
Assista ao comentário: https://t.co/E9OlZtiMri
— UOL Esporte (@UOLEsporte) May 13, 2024

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