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Cruzeiro Honra Legado Negro: Manifesto e Ídolos Eternos da Nação Azul

Por Redação Raposa Azul em 20/11/2025 12:52

O Cruzeiro Esporte Clube, em uma demonstração de seu compromisso histórico e social, divulgou um manifesto contundente por ocasião do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. A iniciativa não apenas ressaltou a importância da data, mas também prestou uma merecida homenagem a atletas negros que, com seu talento e dedicação, inscreveram seus nomes de forma indelével na trajetória vitoriosa do clube. A campanha foi emblematicamente batizada com o lema ?Azul que ecoa vozes negras?, sintetizando a essência da mensagem.

A declaração do Cruzeiro sublinha uma verdade inegável: a história do Brasil é intrinsecamente ligada à contribuição da comunidade negra. Milhões de indivíduos, transportados em condições desumanas através do Atlântico, foram os verdadeiros arquitetos da nação que hoje habitamos, moldando nossas raízes, nossa rica cultura e nossa identidade multifacetada. Nesse contexto, a trajetória do Cruzeiro se entrelaça com a do próprio povo brasileiro, refletindo suas origens e aspirações.

O clube se posiciona como uma entidade que caminha lado a lado com sua gente desde os primórdios, compreendendo profundamente o que significa ser brasileiro, de onde viemos e para onde se almeja ir. A instituição, através de sua voz, reforça a contínua batalha para que o Dia da Consciência Negra transcenda um mero feriado, adquirindo um significado cada vez mais profundo e transformador na sociedade. Após séculos de incessante luta contra o racismo estrutural, o objetivo maior é erradicar de vez o preconceito, alcançando um futuro onde o orgulho de ser quem se é prevaleça plenamente.

A Profunda Conexão entre o Cruzeiro e a Luta Antirracista

A mensagem do Cruzeiro é clara e ressonante: o azul de sua camisa ecoa as vozes negras. Essa afirmação não é apenas um slogan, mas um reconhecimento de que o clube é, fundamentalmente, "do povo e para o povo", abraçando a diversidade e a riqueza cultural que a comunidade negra representa. A iniciativa reforça a responsabilidade social do esporte como plataforma para a conscientização e a promoção da igualdade racial.

Em um período onde as discussões sobre equidade e representatividade ganham cada vez mais espaço, a postura do Cruzeiro se alinha com a necessidade urgente de combater o racismo em todas as suas manifestações. O manifesto é um lembrete de que o esporte, e em particular o futebol, tem o poder de unir, mas também o dever de educar e inspirar mudanças sociais significativas. O comprometimento expresso pelo clube transcende as quatro linhas, projetando-se como um pilar na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Os Gigantes Negros que Forjaram a Glória Azul

Para ilustrar a profundidade de sua conexão com a história negra, o Cruzeiro destacou 17 jogadores que não apenas vestiram a camisa celeste, mas se tornaram verdadeiros símbolos de uma era. A arte visual que acompanhou o manifesto foi enriquecida com as imagens desses atletas, cujos feitos dentro de campo ecoam até hoje. A lista de homenageados, repleta de lendas, inclui:

Atleta Atleta Atleta Atleta
Dirceu Lopes Evaldo Jairzinho Dida
Bento Zé Carlos Vanessinha Roberto Batata
Tinga Vavá Ricardinho Vanderlei
Pedro Paulo Neco Gomes Luisão
Borges

Entre esses ícones, uma figura se destaca por seu pioneirismo: Bento. Ele foi o primeiro jogador negro a ser oficialmente registrado pelo então Palestra Itália, em 1925, conforme dados fornecidos pelo próprio clube. É importante recordar que a transição para o nome Cruzeiro Esporte Clube ocorreria somente em 1942. Bento não foi apenas um precursor; ele também alcançou a glória, sagrando-se tricampeão mineiro com a camisa que, à época, ostentava as cores verde, branca e vermelha. Sua história é um testemunho da presença e da contribuição negra desde os primórdios do que viria a ser um dos maiores clubes do Brasil.

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