- Raposa Azul
- Cruzeiro na Copa do Brasil: Súmula Revela Gritos Homofóbicos e Falha de Segurança em Clássico na Arena MRV
Cruzeiro na Copa do Brasil: Súmula Revela Gritos Homofóbicos e Falha de Segurança em Clássico na Arena MRV
Por Redação Raposa Azul em 28/08/2025 00:11
O embate pelas quartas de final da Copa do Brasil de 2025, que viu o Cruzeiro superar o Atlético-MG por 2 a 0 na Arena MRV, transcendeu o resultado em campo. A súmula oficial da partida, elaborada pelo árbitro Ramon Abatti Abel, trouxe à luz uma série de incidentes que lançam uma sombra sobre a organização do evento e o comportamento da torcida presente, composta exclusivamente por atleticanos. As revelações incluem manifestações preconceituosas por parte dos torcedores e uma falha notável na segurança da equipe de arbitragem.
Incidentes na Arena MRV: Homofobia e Segurança em Xeque
Um dos pontos mais críticos do relatório refere-se a cânticos de natureza homofóbica. Abatti Abel registrou que, nos acréscimos do primeiro tempo, especificamente aos "45m + 1 e 45m + 2", a torcida mandante dirigiu "gritos homofóbicos" à equipe visitante. A situação se manifestou em momentos cruciais, como tiros de meta e cobranças de falta executadas pelo goleiro Cássio. É relevante notar que o histórico da torcida do Atlético-MG já aponta para reincidência em comportamentos similares.
Após o registro dos cânticos, uma medida protocolar foi adotada: "no intervalo de jogo, o sistema de som do estádio anunciou a mensagem protocolar contra os cânticos homofóbicos, os quais não se repetiram no segundo tempo da partida." Embora a intervenção tenha sido eficaz em conter as manifestações na etapa complementar, a ocorrência inicial ressalta uma preocupação persistente com a conduta de parte do público.
Falha de Escolta: Arbitragem Desprotegida no Clássico
Além dos problemas relacionados à conduta da torcida, a súmula de Abatti Abel detalha uma falha grave na logística de segurança da arbitragem. O documento informa que a equipe não recebeu a devida escolta policial durante o trajeto do hotel até o estádio, em Belo Horizonte. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) havia emitido um "ofício de n* 3014/ca-cbf/2025" solicitando o acompanhamento policial, mas este pedido não foi atendido.
A ausência da escolta resultou em um atraso considerável. "Informo que a equipe de arbitragem chegou ao estádio às 18h15m tendo um atraso de 45 minutos devido ao trânsito no trajeto para o estádio", consta na súmula. Apesar do contratempo, o árbitro fez questão de registrar que "mesmo com o atraso, a preparação para a partida, bem como seu início no horário marcado, não foram impactados." Contudo, a situação levanta questionamentos sobre a segurança e o suporte oferecido aos profissionais que atuam em jogos de alta tensão.
Outros Incidentes: Objeto Arremessado em Campo
Para completar o panorama dos problemas extracampo, o relatório arbitral também menciona o arremesso de um objeto durante a comemoração do primeiro gol do Cruzeiro . "Foi arremessado pela torcida mandante um cigarro eletrônico em direção ao campo de jogo, o qual não atingiu ninguém", descreve a súmula. Embora sem consequências físicas, o ato representa mais uma infração às normas de segurança e conduta em estádios.
As informações contidas na súmula de Ramon Abatti Abel pintam um quadro preocupante, indo além do espetáculo esportivo. Elas expõem fragilidades na organização e na segurança de um evento de grande porte, além de reforçar a necessidade de um combate mais efetivo a manifestações preconceituosas no futebol brasileiro. O Cruzeiro , vitorioso em campo, viu-se indiretamente envolvido em um contexto que exige reflexão e ação por parte das autoridades e clubes.
Curtiu esse post?
Participe e suba no rank de membros