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Cruzeiro: Táticas de Jardim e Ausências Custam Liderança no Brasileirão
Por Redação Raposa Azul em 19/08/2025 04:17
A jornada da Raposa começou com a promessa de um espetáculo de alta intensidade, brindando a torcida com um gol precoce, mas culminou em um desfecho de apreensão. O Cruzeiro, que nos primeiros instantes sinalizou uma postura ofensiva e criativa, exibiu uma notável inconstância ao longo dos noventa minutos. O empate em 1 a 1 com o Mirassol não apenas frustrou as expectativas, mas também revelou uma incapacidade de reação significativa. A contribuição do banco de reservas foi praticamente nula para alterar o rumo do confronto, deixando a equipe celeste em uma posição mais distante do cume da tabela.
É inegável que o Mirassol, atuando em seus domínios, tem se mostrado um adversário formidável para os clubes visitantes. Sob essa ótica, um empate não seria intrinsecamente um resultado desfavorável, desde que acompanhado de uma performance convincente. O Cruzeiro iniciou a partida com notável vigor, mantendo essa intensidade por aproximadamente vinte minutos. Kaio Jorge, aos quatro minutos, aproveitou um cruzamento preciso de Matheus Pereira para inaugurar o marcador, instigando um breve alívio e a esperança de uma noite memorável para os torcedores.
Desempenho em Campo e Oportunidades Perdidas
Contrariando as expectativas iniciais, o cenário da partida sofreu uma reviravolta. A partir da metade do primeiro tempo, o Mirassol conseguiu equilibrar as ações, gerando perigo constante e exigindo intervenções cruciais de Cássio. A oportunidade mais contundente dos anfitriões veio dos pés de Carlos Eduardo, que impôs o maior susto à retaguarda celeste. Ainda na etapa inicial, um lance controverso agitou o campo: a bola atingiu a mão de José Aldo na área adversária, em uma situação que poderia ter resultado em uma penalidade máxima para o Cruzeiro . Curiosamente, este incidente ocorreu um minuto antes do gol da Raposa, levantando questionamentos sobre a atuação da arbitragem.
Na segunda etapa, a esperada reação do Cruzeiro não se materializou. O Mirassol, por outro lado, demonstrou um crescimento notório em seu jogo, realizando substituições que injetaram novo fôlego na equipe. O resultado foi o gol de empate, anotado por Negueba, que havia ingressado na partida no segundo tempo. Walace, que até então vinha realizando uma atuação discreta, falhou na marcação, contribuindo para o gol adversário.
O Peso das Ausências e as Adaptações Táticas
A performance de Walace , um dos atletas acionados devido à ausência de titulares, sublinhou o impacto das lacunas no elenco principal. Nomes como Kaiki, Lucas Romero e Christian estavam suspensos, enquanto Fagner se recuperava de lesão e William passava por um programa de prevenção muscular. A ausência desses jogadores de peso foi sentida de forma acentuada no desempenho da equipe.
O técnico Leonardo Jardim foi compelido a improvisar, deslocando Jonathas Jesus para a lateral direita e utilizando o jovem Kauã Prates na esquerda. Eduardo atuou como ponta, e Walace fez dupla com Lucas Silva no meio-campo. Nenhum desses atletas conseguiu se destacar de forma significativa. O lado direito do Cruzeiro , em particular, evidenciou uma notável falta de entrosamento, enquanto Kauã, apesar de sua energia, precisou conter-se, atuando amarelado até o apito final.
A Relutância nas Substituições e o Banco Inexplorado
Mesmo com jogadores pendurados em campo e a equipe aquém do desempenho esperado, Jardim realizou apenas duas substituições, reforçando a estatística que o aponta como o treinador que menos utiliza as cinco alterações permitidas. Lautaro Díaz e Matheus Henrique foram as escolhas do comandante. O primeiro, há tempos, não tem sido uma opção regular; apesar de ter participado de um confronto contra o Botafogo no início de agosto, sua presença em campo nos últimos três meses soma menos de um minuto.
Matheus Henrique , por sua vez, em seu processo de retomada de ritmo após uma lesão sofrida em abril, teve uma atuação discreta. Contudo, é prematuro esperar um rendimento de excelência de um jogador que retornou aos gramados há menos de um mês. Jardim ainda dispunha de opções ofensivas como Gabigol, Kenji e Bolasie, além de Japa para o meio-campo, mas optou por não utilizá-las. Em sua coletiva pós-jogo, o técnico reiterou as limitações do elenco. O Cruzeiro , que ainda não efetuou reforços nesta janela de transferências, aguarda a chegada de Sinisterra, um atacante de beirada. No entanto, Jardim necessita encontrar soluções mais abrangentes, pois a chegada de um único jogador não será suficiente para transformar o desempenho global da equipe.
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O Cenário da Tabela e o Desafio da Consistência
De um time que almeja uma vaga na Libertadores, espera-se a capacidade de diversificar sua proposta de jogo, de exibir vigor renovado mesmo após uma semana completa de treinamentos e de explorar mais alternativas dentro do próprio elenco . O Cruzeiro encerra a 20ª rodada com 38 pontos em 20 jogos, observando o Flamengo na liderança, com 43 pontos em 19 partidas, e o Palmeiras na vice-liderança, com 39 pontos em 18 jogos disputados.
Para ilustrar a posição atual na tabela, apresentamos os dados:
Posição | Time | Pontos | Jogos |
---|---|---|---|
1º | Flamengo | 43 | 19 |
2º | Palmeiras | 39 | 18 |
3º | Cruzeiro | 38 | 20 |
Se a meta é realmente a disputa por uma posição no G-4, o Cruzeiro terá que apresentar uma performance superior no próximo sábado, diante do Internacional, no Mineirão. Com o segundo turno do Brasileirão em pleno andamento, o tempo urge, e a materialização de soluções não pode tardar.
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