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Cruzeiro: Torcida Clama "Trem Azul" Como Novo Hino no Mineirão Pós-Lô Borges
Por Redação Raposa Azul em 03/11/2025 19:41
Em 1996, o saudoso Lô Borges, um dos pilares da música brasileira e um fervoroso torcedor do Cruzeiro, já manifestava um desejo peculiar que conectava sua arte ao seu time do coração. Em entrevista à Revista Cruzeiro , o artista expressou a aspiração de fundar uma torcida organizada batizada com o título de uma de suas obras mais icônicas. Sua visão, à época, antecipava uma fusão entre a cultura musical e a paixão esportiva, um elo que agora, décadas depois, a própria torcida busca consolidar.
"Até cobro dos cunhados mais novos, o pessoal da nova geração, o pessoal que frequenta mesmo o Mineirão e cria torcida. Tem uma música minha chamada Trem Azul, que foi gravada pela Elis Regina, pelo Tom Jobim, que seria um ótimo nome para torcida organizada do Cruzeiro . Não sei porque ainda não pegaram este nome. Sou a fim de ver a faixa ?Trem Azul?. Acho que a solução para esta torcida existir vai ser eu mesmo criá-la", declarou Lô Borges.
A recente partida de Lô Borges, ocorrida neste domingo (2), aos 73 anos, em decorrência de falência múltipla de órgãos, ressignificou seu legado e reacendeu essa antiga chama. Nascido em Belo Horizonte, o artista foi uma figura central no movimento Clube da Esquina, cofundando-o ao lado de Milton Nascimento e contribuindo significativamente para o álbum homônimo de 1972, que marcou gerações. Sua obra e sua paixão celeste agora convergem em um clamor popular.
Legado Musical e a Paixão Celeste: O Clamor por "Trem Azul"
Nas plataformas digitais, a súplica por uma nova identidade sonora para a Raposa ganhou ímpeto notável imediatamente após a confirmação do falecimento de Lô Borges, revelando uma profunda conexão entre a memória do artista e a paixão clubística. Uma parcela expressiva da massa azul propõe que "Trem Azul", uma composição emblemática do artista, seja incorporada aos cânticos entoados durante as partidas do clube no Mineirão, configurando um tributo perene.
O movimento transcendeu a mera sugestão, transformando-se em um apelo coletivo para que a canção atinja o status de um "segundo hino" do Cruzeiro . A mobilização nas redes sociais reflete um desejo genuíno de honrar o legado de Lô Borges, integrando-o de forma indelével à experiência de torcer pelo clube. Comentários como "Próximo jogo no Mineirão todo mundo cantando Trem Azul do Lô Borges" e "Trem Azul deve se tornar o segundo hino do Cruzeiro Esporte Clube" ilustram a força dessa iniciativa.
Outros torcedores foram além, propondo uma assimilação mais profunda da música na cultura do clube. "A torcida já deveria ter usado Trem Azul como um apelido pro clube e feito música com o ritmo há muito tempo", expressou um internauta, evidenciando a percepção de que a conexão entre a canção e o Cruzeiro poderia ter sido estabelecida muito antes, dada a relevância artística e a paixão clubística de seu criador.
"Trem Azul": Mais Que Uma Canção, Um Símbolo Proposto para o Cruzeiro
Um cruzeirense mais detalhista elaborou uma proposta ainda mais articulada: que "Trem Azul" seja entoada no Mineirão em todos os jogos, precisamente no momento em que o Cruzeiro adentra o campo, poucos minutos antes do apito inicial. A sugestão encontra paralelo em exemplos internacionais, como a torcida do Liverpool, que tradicionalmente canta "You?ll Never Walk Alone" antes de cada partida do clube inglês, criando uma atmosfera única e uma identidade sonora inconfundível.
"O Trem Azul" não é apenas uma melodia; é uma das composições mais reverenciadas da trajetória de Lô Borges. A canção integra o álbum "Clube da Esquina", lançado em 1972, consolidando-se como um marco na música brasileira. Sua profundidade lírica e melódica oferece um substrato cultural robusto para a proposta de se tornar um símbolo do Cruzeiro , transcendendo a mera homenagem póstuma para se tornar parte viva da identidade do clube.
A Conexão Profunda: Lô Borges, Mineirão e a Alma Celeste
A iniciativa da torcida do Cruzeiro representa mais do que um simples tributo musical; é uma tentativa de solidificar a identidade cultural do clube através da arte de um de seus mais ilustres torcedores. A adoção de "Trem Azul" como um hino não apenas honraria Lô Borges, mas também infundiria nas partidas celestes uma camada de significado e emoção que poucas agremiações conseguem alcançar, unindo gerações de torcedores sob uma mesma melodia.
A proposta de integrar "Trem Azul" ao ritual dos jogos do Cruzeiro no Mineirão é um convite à reflexão sobre como a cultura e o esporte podem se entrelaçar para criar momentos de profunda comunhão. A canção, que já foi gravada por ícones como Elis Regina e Tom Jobim, possui a universalidade e a beleza necessárias para ressoar nos corações da Nação Azul, transformando o desejo de Lô Borges em uma realidade vibrante e perene.
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