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Filipe Luís Analisa Empate Cruzeiro x Flamengo: Duelo Tático de Alto Nível
Por Redação Raposa Azul em 02/10/2025 23:22
O confronto entre Flamengo e Cruzeiro, válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, encerrou-se em um empate sem gols no Maracanã. Para a Raposa, o resultado representa um ponto valioso conquistado fora de casa contra o então líder da competição. Após a partida, Filipe Luís, técnico do time carioca, ofereceu uma análise aprofundada do embate e refletiu sobre seu primeiro ano à frente da equipe.
Apesar do placar, o jogo foi marcado por uma alta dose de tática e vigor físico. O treinador rubro-negro destacou que a partida foi intensamente estudada por ambas as partes, resultando em um cenário de muitas disputas, oito cartões amarelos e uma expulsão, evidenciando a dureza do embate.
O Aniversário de um Ano e a Intensidade "Europeia" do Duelo
Filipe Luís aproveitou a ocasião para comentar seu primeiro aniversário como treinador do Flamengo. Ele descreveu a jornada como repleta de "sensações incríveis" desde o início, enfatizando seu constante aprimoramento e dedicação aos estudos para evoluir na profissão. "Venho melhorando e estudando muito para continuar evoluindo. Não paramos de aprender neste trabalho. Estou muito feliz onde estou, por estar liderando este grupo", afirmou.
O técnico não poupou elogios ao nível do jogo disputado contra o Cruzeiro , comparando-o a um padrão internacional.
"Foi um prêmio viver um jogo deste nível. Jogo altamente tático, estudado. Muito intenso, na intensidade europeia. De primeiro contra segundo até então. Altíssimo nível e a balança pode pender para os dois lados."Sua perspectiva revela a complexidade do confronto, onde qualquer detalhe poderia ter alterado o resultado.
Desafios Diários e a Filosofia Tática do Treinador
A rotina de um treinador, segundo Filipe Luís, é um constante aprendizado. Ele descreve os desafios como diários, exigindo novas decisões e soluções para diversas situações, sejam elas físicas ou emocionais. O técnico relembrou uma experiência recente na Libertadores, que considerou o "auge de um esporte" em sua vida, mesmo tendo sido jogador profissional.
"O que eu vivi na Libertadores no outro dia, eu nunca tinha vivido como jogador. E olha que como jogador também é muito intenso e acho que nada se compara a ser jogador de futebol. Mas o que eu vivi no outro jogo da Libertadores, foi o auge de um esporte na minha vida."Essa gratidão pelo que vive e a busca por evolução constante, corrigindo erros e potencializando acertos, são pilares de sua filosofia.
Ao abordar as escolhas táticas, Filipe Luís foi categórico:
"Bom, primeiro, tudo vai em função do nosso plano de jogo, das características que eu acredito que a equipe precisa para vencer o jogo. Independente dos números, já falei isso, dos nomes, idade, isso não importa. Sempre é a opção que eu acredito, eu como treinador, que a equipe precisa e qual o caminho para vencer a partida. Nem sempre vou acertar, às vezes eu acerto, às vezes erro, é normal do meu trabalho, mas sempre com as mesmas convicções."Ele explicou que a estratégia de esticar a linha de marcação contra o Cruzeiro, que possui a linha defensiva mais alta do campeonato, foi fundamental para não ficar encurralado no próprio campo. A opção por Pedro em vez de Wallace Yan, por exemplo, foi puramente estratégica, visando a finalização dentro da área em entradas específicas.
As Substituições e o Desempenho Individual dos Atletas
O técnico também detalhou as decisões sobre as substituições. A primeira alteração, que tirou Samuel Lino para a entrada de Bruno Henrique aos 17 minutos do segundo tempo, foi explicada pela sequência intensa de jogos do atleta.
"O Lino todo mundo sabe da qualidade, ele já demonstrou. Todo jogador aqui no Flamengo oscila. O Lino teve uma sequência pesada. O jogo da Libertadores teve carga grande, três dias depois teve que jogar com o Corinthians. Fisicamente talvez ele sentiu um pouco e isso faz o rendimento cair."Filipe Luís defendeu os jogadores dribladores, como Lino, Plata e Cebolinha, que por arriscarem o um contra um, estão mais expostos a perdas de bola e críticas, mas possuem sua total confiança.
As trocas posteriores, que envolveram Arrascaeta e Carrascal, ocorreram quando o treinador percebeu a queda de rendimento devido ao cansaço, apesar do nível altíssimo que estavam apresentando.
"A partir do momento que eu senti que o cansaço chegou, no Arrascaeta e também no Carrascal, que estava sendo um espetáculo, eu optei sim por trocar."Ele ressaltou que a maioria dos jogadores estava em um nível muito elevado, o que dificultou as alterações, e que as decisões são tomadas com base no que observa em campo, nem sempre resultando no efeito desejado, mas sempre com convicção. A estabilidade defensiva, especialmente contra o "time que melhor contra-ataca do campeonato", foi um ponto crucial assegurado pelos volantes e laterais.
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