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- Fraude Milionária: Gabigol (Cruzeiro) e Kannemann (Grêmio) Perdem Salários em Golpe Financeiro - Saiba Tudo!
Fraude Milionária: Gabigol (Cruzeiro) e Kannemann (Grêmio) Perdem Salários em Golpe Financeiro - Saiba Tudo!
Por Redação Raposa Azul em 24/06/2025 12:51
Um golpe financeiro de proporções alarmantes veio à tona nesta terça-feira, 24 de junho, sacudindo o universo do futebol brasileiro e expondo a vulnerabilidade de atletas de renome. Entre as vítimas mais notórias, figuram Gabigol, atacante que defende as cores do Cruzeiro, e Walter Kannemann, pilar defensivo do Grêmio, cujos salários foram alvo de um sofisticado esquema de fraude.
As investigações, meticulosamente conduzidas pela Polícia Civil do Paraná, em colaboração com autoridades de outros estados, revelaram uma trama engenhosa onde criminosos se apropriaram indevidamente de somas vultosas, subtraídas diretamente dos vencimentos desses profissionais do esporte.
Mecanismo da Fraude: A Trama por Trás do Golpe Milionário
A mecânica fraudulenta empregada pelos estelionatários era de uma simplicidade perigosa: utilizavam-se de documentos adulterados para estabelecer contas bancárias em nome dos jogadores. Em um passo subsequente, solicitavam a portabilidade dos proventos mensais para essas contas ilícitas. Uma vez que os valores eram creditados, a agilidade dos criminosos era notável, executando uma série de transferências e saques em cascata, visando pulverizar o dinheiro e, assim, dificultar seu rastreamento pelas autoridades financeiras.
Conforme detalhado pelo delegado Thiago Lima, à frente do Núcleo de Combate aos Cibercrimes, a dimensão do prejuízo financeiro é significativa. Somente no caso de Gabigol, o montante desviado alcançou R$ 800 mil. Para Kannemann, a cifra chegou a R$ 400 mil, totalizando um expressivo R$ 1,2 milhão subtraído dos atletas. O mais preocupante é que os próprios jogadores somente tiveram ciência da fraude após alertas emitidos pelas instituições bancárias, um indicativo da discrição com que o golpe foi executado.
Jogador | Valor Desviado |
---|---|
Gabigol | R$ 800.000 |
Kannemann | R$ 400.000 |
Total Desviado | R$ 1.200.000 |
Valor Recuperado | R$ 135.000 |
A Operação "Falso 9": O Desmonte da Rede Criminosa
Essa complexa rede criminosa foi desmantelada por uma operação batizada de "Falso 9", um nome que metaforiza a ilusão e o engano. A ação policial culminou no cumprimento de onze mandados de prisão e 22 de busca e apreensão. Os agentes se espalharam por cinco localidades distintas: Porto Velho, Cuiabá, Curitiba, Almirante Tamandaré e Lábrea. O indivíduo apontado como o principal articulador da quadrilha foi interceptado e detido no bairro Alto, na capital paranaense.
Os envolvidos na trama têm suas origens distribuídas entre os estados de Mato Grosso, Paraná, Amazonas e Rondônia. Somente na manhã desta terça-feira, a operação resultou na execução de 86 medidas cautelares, que englobaram o sequestro de bens, a quebra de sigilo fiscal e bancário, além das já mencionadas prisões, demonstrando a amplitude da investigação.
As Consequências e o Alerta para o Futebol Brasileiro
O delegado Thiago Lima enfatizou a centralidade do líder do grupo, afirmando que
"O líder do grupo era o responsável pela movimentação financeira e manutenção das contas utilizadas nas fraudes". Revelou-se ainda que o indivíduo capturado em Curitiba possuía um histórico prévio de envolvimento com crimes de estelionato eletrônico, sublinhando a reincidência e a especialização na prática delituosa.
Embora os nomes de Gabigol e Kannemann sejam os únicos publicamente associados ao esquema até o momento, as autoridades não descartam a possibilidade de que o número de vítimas seja maior.
"A documentação começou a ser analisada no fim de 2024 e, com o material apreendido, pode haver outros jogadores ou até cidadãos comuns afetados", alertou o delegado, sugerindo que a extensão do golpe pode ir além do que se conhece.
Até o presente momento, a recuperação dos valores desviados é pífia, com apenas R$ 135 mil sendo reavidos. Os indivíduos implicados nesta elaborada fraude enfrentarão acusações que variam de fraude eletrônica e falsidade ideológica a lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas, caso somadas, podem ultrapassar três décadas de reclusão, um reflexo da gravidade dos delitos cometidos e do impacto que causaram.
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