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Jardim Desvenda: Futuro de Gabigol e Estratégia de Reforços no Cruzeiro Pós-Derrota
Por Redação Raposa Azul em 27/07/2025 19:32
A recente derrota por 2 a 1 do Cruzeiro para o Ceará, válida pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, marcou o fim de uma notável série invicta da equipe no Mineirão e na temporada. Em entrevista coletiva concedida após o embate, o comandante celeste, Leonardo Jardim, não se esquivou de assumir a total responsabilidade pelo resultado adverso, ao mesmo tempo em que trouxe à tona discussões pertinentes sobre a movimentação no mercado de transferências e o papel de um de seus atletas mais comentados, Gabigol.
A postura do treinador, que se autodeclarou o principal responsável pelo tropeço, demonstra uma liderança que busca proteger o elenco, mas que, ao mesmo tempo, aponta para a necessidade de ajustes. A intensidade da equipe, que vinha sendo um diferencial, pareceu em declínio neste confronto, e a defesa, por sua vez, foi apontada como um ponto de fragilidade, culminando na perda da liderança do campeonato.
A Estratégia de Mercado do Cruzeiro Sob a Ótica de Jardim
Com a janela de transferências em pleno vapor há mais de duas semanas, o Cruzeiro ainda não anunciou qualquer nova contratação, um cenário que naturalmente gera questionamentos. Leonardo Jardim, ao ser indagado sobre a inatividade do clube no mercado, revelou uma preferência por uma abordagem mais discreta e estratégica, distanciando-se de pronunciamentos públicos sobre possíveis alvos. Ele enfatizou que a diretoria possui profissionais capacitados para gerir o processo de aquisição de atletas.
O técnico foi categórico ao estabelecer a condição para a chegada de novos nomes, alinhando-se a uma política de equilíbrio no elenco : "Para entrar, tem que sair". Essa declaração sugere que o clube busca não apenas aprimorar a qualidade do plantel, mas também otimizar o número de jogadores, evitando um elenco inflado com trinta ou mais atletas. Jardim expressou satisfação com o atual grupo, destacando a valorização dos jogadores sob sua gestão.
Ainda sobre o tema, Jardim fez uma distinção clara entre a filosofia de investimentos do Cruzeiro e a de seus concorrentes diretos, que, segundo ele, perseguem "outros objetivos fortes" e, por isso, realizam aportes financeiros mais vultosos. A Raposa, por sua vez, foca em reforços que efetivamente elevem o patamar técnico da equipe, sem a necessidade de dispêndios exorbitantes, alinhando-se a uma busca contínua por aprimoramento, tal qual qualquer equipe ambiciosa.
Gabigol em Foco: Minutagem e Desempenho
A participação de Gabigol na partida contra o Ceará, que incluiu mais de quarenta minutos em campo, foi um dos pontos de discussão na coletiva. O atacante, que entrou como uma das opções ofensivas de Jardim ao lado de Marquinhos e Bolasie em busca de uma reação, teve seu papel no time analisado pelo técnico. Jardim reiterou a importância do jogador para o esquema tático e a percepção geral de seu valor para a equipe.
O treinador fez uma comparação interessante, afirmando que a questão da minutagem não é exclusiva de Gabigol, citando Lautaro e Bolasie como exemplos de atletas que, apesar de sua qualidade, nem sempre iniciam as partidas. Jardim também defendeu o desempenho do atacante, revelando que os números de Gabigol na atual temporada superam os da temporada anterior, indicando uma evolução contínua em seu processo de adaptação e performance.
Lições do Revés e o Caminho Adiante
A análise de Leonardo Jardim sobre a derrota para o Ceará foi permeada por um senso de responsabilidade e uma visão pragmática do futebol. O técnico reconheceu que "Futebol é um processo, e a derrota faz parte do processo". Apesar da insatisfação natural por quebrar uma sequência de resultados positivos, ele ressaltou que o tropeço, embora doloroso, é um elemento inerente ao esporte e uma oportunidade para realizar as "mudanças necessárias".
Jardim rejeitou a ideia de que vitórias elevam o time ao patamar de "melhor do mundo" ou que derrotas o rebaixam. Para ele, o revés contra o Ceará foi um jogo em que "não aconteceu" o esperado, e ele reiterou sua posição como principal artífice do resultado. A autocrítica se estendeu aos gols sofridos, especialmente o da virada, onde o treinador identificou uma falha crucial: a ausência de "maturidade" para finalizar o contra-ataque adversário mais cedo ou para cometer uma "falta técnica" que interrompesse a jogada antes que ela se tornasse uma ameaça real.
Lucas Romero, um dos líderes do elenco , ecoou o sentimento de ponderação ao analisar a primeira derrota do Cruzeiro no Mineirão, afirmando que "não vamos nos desesperar". A declaração reflete a mentalidade de um grupo que, apesar do revés, busca manter a serenidade e a confiança em sua capacidade de retomar o caminho das vitórias e dos bons desempenhos. O desafio agora é transformar as lições aprendidas em combustível para a próxima série de triunfos.
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