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Mineirão: Nova Lei e o Impacto no Cruzeiro e Setor Amarelo Inferior
Por Redação Raposa Azul em 20/09/2025 03:14
A recente sanção governamental em Minas Gerais, que autoriza a remoção de assentos em estádios públicos, projeta um novo cenário para o Mineirão. Este icônico palco esportivo, administrado sob um modelo de parceria público-privada e tendo o Cruzeiro como seu principal usuário, vislumbra a possibilidade de reconfiguração, especialmente no setor Amarelo Inferior. Contudo, a efetivação dessa mudança envolve um complexo processo que ainda demanda etapas cruciais.
A Nova Legislação e os Desafios Estruturais do Mineirão
A mera aprovação da legislação não se traduz em uma alteração imediata. O caminho a ser percorrido inclui a elaboração de um laudo técnico pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, documento essencial para atestar a segurança do local e indicar as adequações necessárias para a retirada das cadeiras. Após a emissão e aprovação desse relatório, caberá à Minas Arena, a concessionária do estádio, a decisão final sobre a implementação da modificação. Os custos iniciais estimados pela administradora atingem R$ 900 mil, valor que já contempla a reinstalação dos assentos para a possível realização da Copa do Mundo Feminina em 2027.
O Cruzeiro , na qualidade de parceiro comercial, mantém uma postura de expectativa. O clube celeste aguarda a deliberação da Minas Arena, manifestando apoio à eventual readequação do espaço. A questão financeira, entretanto, é tratada com cautela. A Raposa entende que a responsabilidade pelos custos recai sobre a administradora do estádio, em conformidade com o contrato firmado com o Governo de Minas Gerais. Embora não descarte a possibilidade de algum investimento, o clube buscará negociar para que o valor final seja inferior à projeção atual da Minas Arena.
Cruzeiro: Entre o Apoio Tático e a Prudência Econômica
É relevante pontuar que a perspectiva do Cruzeiro em relação a essa alteração não se fundamenta em ganhos financeiros. Dois fatores principais justificam essa visão. Primeiramente, a remoção das cadeiras no setor Amarelo Inferior, que atualmente comporta cerca de 7 mil torcedores, não resultaria em um aumento da capacidade total do estádio. Em segundo lugar, com a carga de público inalterada, torna-se improvável uma redução no valor dos ingressos, uma demanda que por vezes surge entre os torcedores que anseiam pela mudança no setor Amarelo. Via de regra, este setor já oferece as entradas mais acessíveis nos jogos do Cruzeiro, e a percepção é de que o ticket médio ali se alinha aos padrões estabelecidos, com pouca margem para novas reduções.
A Experiência do Torcedor e a Manutenção Patrimonial
Do ponto de vista do clube, a reconfiguração do setor Amarelo Inferior é vista como uma medida positiva para proporcionar uma alternativa aos torcedores que preferem assistir às partidas em pé, garantindo a segurança. Atualmente, é comum observar espectadores subindo nas cadeiras não apenas neste, mas em outros setores do Mineirão. Essa prática, além de gerar riscos de quedas, ocasiona a quebra dos assentos, implicando prejuízos significativos ao Cruzeiro , que arca com os custos de manutenção. Um levantamento interno do clube aponta que, proporcionalmente, o setor Amarelo Inferior é o que registra o maior número de cadeiras danificadas, reforçando a necessidade de uma solução estrutural.
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