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Cris: O Motivo Chocante da Aposentadoria do Ídolo do Cruzeiro Revelado
Por Redação Raposa Azul em 30/07/2025 18:22
Cristiano Marques Gomes, universalmente conhecido como Cris, gravou seu nome na história do Cruzeiro como um dos mais respeitados defensores a vestir a camisa estrelada. Sua passagem pela Toca da Raposa não foi apenas marcada por atuações de gala e títulos inesquecíveis, mas também por uma identificação profunda com a instituição e sua apaixonada torcida. No entanto, o desfecho de sua notável trajetória nos gramados, embora distante de Belo Horizonte, carrega uma revelação impactante que surpreendeu muitos de seus admiradores.
Contratado em 1999, vindo do Corinthians, Cris rapidamente consolidou-se como pilar defensivo. Ao lado de nomes como Marcelo Djian, Luisão e Edu Dracena, ele formou linhas de zaga memoráveis, demonstrando liderança e técnica apuradas. Com 260 partidas disputadas e 25 gols assinalados pela Raposa, seu impacto foi quantificável e inegável. A era Cris no Cruzeiro foi sinônimo de glórias, culminando em uma impressionante coleção de troféus.
Ano | Competição |
---|---|
1998 | Recopa Sul-Americana |
1999 | Copa Centro-Oeste |
2000 | Copa do Brasil |
2001 | Copa Sul-Minas |
2002 | Copa Sul-Minas |
2003 | Copa do Brasil |
2003 | Campeonato Mineiro |
2003 | Série A do Campeonato Brasileiro |
2004 | Campeonato Mineiro |
Oriundo das categorias de base do Corinthians, onde em 1995 celebrou seu primeiro título nacional, Cris traçou uma carreira de projeção internacional. Após sua marcante passagem pela Raposa, o zagueiro se aventurou no futebol europeu, tornando-se uma figura emblemática no Lyon, da França, onde também alcançou o status de ídolo. Nos anos finais de sua jornada profissional, vestiu as camisas de Galatasaray, na Turquia, Grêmio e, por fim, o Vasco da Gama.
O Ponto Final de uma Carreira: O Episódio no CT do Vasco
Foi justamente no Vasco da Gama, seu último clube, que um episódio de extrema gravidade selou o destino de sua aposentadoria. Em 2013, o defensor já se aproximava dos 36 anos, e sua passagem pelo clube carioca, que culminou no rebaixamento para a Segunda Divisão, contava com 27 jogos e um gol. Contudo, não foram os resultados em campo que ditaram o fim, mas sim um evento traumático que ele próprio detalhou em entrevista ao programa ?Denilson Show?.
Cris relembrou o momento exato em que a decisão foi tomada, descrevendo a invasão do centro de treinamento por torcedores cruzmaltinos:
?Ali (no Vasco) eu paro. Estava no vestiário, antes de um treino no Vasco. Estava com 35, 36 anos. Estava no vestiário do Vasco. A gente estava indo treinar. Daqui a pouco. Aí começa: ?A gente vai matar vocês, vamos pegar vocês?. Do nada, o vestiário pequenininho, cheio de torcedor. Invadiram não sei de onde. Até que um: ?E você, está fazendo o que aqui??. Fiquei quieto, não falei nada. Cheguei em casa, treinei. Pensei: não mereço isso, não. Chega. Já passei por muita coisa, 36 anos e passar por isso. Ser ameaçado. Ameaçar minha família. O joelho não dava mais, mas daria para continuar. Eu jogaria mais um pouquinho. Depois disso, falei que iria parar.?
A Reflexão de um Atleta Consagrado
A narrativa do ex-zagueiro evidencia não apenas o choque da invasão e das ameaças diretas, mas também uma profunda reflexão sobre a dignidade de sua jornada profissional. Aos 36 anos, Cris já havia acumulado um legado inquestionável, e a perspectiva de continuar em um ambiente onde sua segurança e a de sua família eram postas em xeque tornou-se insustentável. Embora reconhecesse que seu físico ainda permitia mais alguns anos de atuação, o componente psicológico e a desilusão com o cenário foram decisivos para a interrupção de sua carreira.
Assim, o que para muitos poderia ser apenas mais um episódio de violência no futebol, para Cris representou o ponto final de uma carreira brilhante. O ídolo do Cruzeiro , conhecido por sua solidez e temperamento firme em campo, optou por se afastar dos gramados não por limitações físicas ou desejo de novos desafios, mas sim pela intolerância e pela agressão que mancharam os últimos dias de sua trajetória como jogador profissional, deixando uma lição amarga sobre os bastidores do esporte.
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