Cruzeiro: Defesa Imponente, Ataque em Queda – O Que Acontece com a Raposa?

O Cruzeiro, atualmente na terceira posição da Série A do Campeonato Brasileiro com 64 pontos, demonstra uma notável regularidade em seu desempenho ao longo das duas metades da competição. A equipe celeste tem exibido uma consistência que a mantém firmemente entre os líderes, consolidando sua posição no cenário nacional.

Contudo, uma observação mais atenta revela um ponto de preocupação para a comissão técnica liderada por Leonardo Jardim. O setor ofensivo da equipe tem registrado uma diminuição considerável em sua produtividade nas últimas semanas, um contraste marcante com o início da temporada.

A Inabalável Solidez Defensiva do Cruzeiro

Enquanto o ataque apresenta desafios, a retaguarda cruzeirense permanece como um pilar de força. A equipe sofreu apenas nove gols no segundo turno, um número idêntico ao registrado nas primeiras catorze rodadas da fase inicial do Brasileirão. Essa consistência defensiva é um dos fatores cruciais para a manutenção do time nas posições de destaque.

A capacidade de proteger sua meta tem sido a âncora do desempenho da Raposa, permitindo que o clube acumule pontos mesmo em momentos de menor inspiração ofensiva. Este equilíbrio defensivo é a marca de um time que almeja voos mais altos na competição.

Foto: (Divulgação)

O Declínio Ofensivo: Um Alerta no Horizonte Azul

Apesar da robustez defensiva, a performance ofensiva do Cruzeiro no returno é um ponto que demanda atenção. Até o momento, a equipe marcou 15 gols em 14 partidas, resultando em uma média de aproximadamente um gol por jogo. Este índice representa uma queda significativa em comparação com a primeira quinzena do campeonato, quando, até a 14ª rodada, o time já havia balançado as redes 23 vezes.

Ao término da metade inicial do Brasileirão, o Cruzeiro havia acumulado 31 gols em 19 confrontos, o que se traduzia em uma média de 1.63 tentos por compromisso. A disparidade entre as duas fases do torneio sugere uma mudança na dinâmica de criação e finalização da equipe.

Kaio Jorge e o Fim das Goleadas: A Perda de Potência no Ataque

No primeiro turno, o Cruzeiro destacou-se por sua capacidade de aplicar goleadas, vitórias por três ou mais gols de diferença. Foram quatro triunfos expressivos que evidenciavam o auge físico e a dominância da equipe sobre diversos adversários. No entanto, esses resultados elásticos desapareceram na segunda metade do campeonato. A maior margem de vitória da Raposa no returno foi um 3 a 1 sobre o Vitória, pela 31ª rodada.

O principal expoente do ataque cruzeirense na primeira fase do Brasileirão, Kaio Jorge, atravessa um período de maior dificuldade. O atacante, que foi peça-chave no início da competição, anotou apenas quatro gols no returno. Sua ausência em partidas importantes, como contra Fortaleza e Sport, devido a suspensão, somada a um desgaste físico evidente pela sequência intensa de jogos, impactou diretamente sua performance. Apesar da queda de rendimento recente, Kaio Jorge , com 17 gols, ainda divide a artilharia da Série A do Campeonato Brasileiro com Arrascaeta, do Flamengo.

As goleadas do Cruzeiro no primeiro turno foram:

O Panorama Completo: Comparativo de Desempenho e o Caminho Final

A análise comparativa entre as duas metades do campeonato revela claramente os pontos de mudança no desempenho do Cruzeiro . Enquanto a eficiência defensiva se manteve, a produção ofensiva sofreu um revés considerável, exigindo ajustes para o desfecho da temporada. A tabela a seguir detalha o desempenho da equipe em ambos os turnos e até a 14ª rodada do primeiro turno para uma comparação mais precisa:

Os desafios finais do Cruzeiro no Brasileirão incluem uma série de compromissos decisivos. A equipe enfrentará Juventude (20/11), Corinthians (23/11 e 14/12), Ceará (29/11), Botafogo (03/12) e Santos (07/12). A forma como o time gerenciará a solidez defensiva e buscará reverter a queda no desempenho ofensivo será crucial para o sucesso nesta reta final da competição.