Cruzeiro Imbatível: A Estratégia de Jardim Revelada e o Time Que Não Perde!

O Cruzeiro navega por uma temporada de contrastes marcantes, equilibrando a ambição por títulos na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro com os desafios inerentes a um processo de reformulação. No epicentro dessa trajetória, encontra-se a figura do técnico Leonardo Jardim, cuja chegada e posterior reajuste tático promoveram uma notável "virada de chave" no desempenho da equipe. Curiosamente, a formação que o treinador português considera a mais coesa e eficaz permanece invicta, solidificando as bases para as pretensões celestes.

Neste domingo, a Raposa encerra o primeiro turno da Série A no Mineirão, às 18h30 (horário de Brasília), em um embate direto contra o Santos. A expectativa é alta, não apenas pelo confronto em si, mas pela oportunidade de observar a manutenção da consistência que o time vem demonstrando sob a batuta de Jardim.

A Metamorfose Tática de Leonardo Jardim no Cruzeiro

A chegada de Leonardo Jardim ao comando técnico do Cruzeiro ocorreu em um período de significativa turbulência. Sucedendo Fernando Diniz, que havia sido desligado após a terceira rodada do Campeonato Mineiro, o português enfrentou desafios imediatos, culminando na eliminação precoce na semifinal do Estadual e em resultados aquém do esperado na Conmebol Sul-Americana. Essa fase de atuações vacilantes impôs ao treinador a necessidade premente de revisitar e redefinir a composição do elenco titular.

O ponto de inflexão decisivo para o Cruzeiro , e para a consolidação da visão de Jardim, materializou-se no confronto contra o São Paulo, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, em 13 de abril. Foi a partir daquele jogo que as alterações promovidas pelo técnico começaram a surtir efeito, redesenhando a espinha dorsal da equipe e pavimentando o caminho para a notável sequência de resultados positivos.

Foto: (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

A Consolidação da Base Vencedora

As reconfigurações estratégicas implementadas por Leonardo Jardim tiveram reflexos diretos na formação principal, notadamente com o afastamento de atletas como Dudu e Gabigol do onze inicial. Dudu , demonstrando insatisfação com a nova realidade de banco de reservas, foi subsequentemente desligado do elenco e, atualmente, defende as cores do rival Atlético-MG. Essa movimentação, embora drástica, marcou o início de uma nova era para a Raposa, que passou a engrenar com consistência, mantendo apenas a alternância entre Fagner e William na lateral direita como variação recorrente.

A seguir, a composição que o técnico português elegeu como seu "time ideal", a base para a atual fase de sucesso do clube:

O Desempenho Impecável da Equipe Titular

Com essa formação em campo, o Cruzeiro não apenas garantiu a vitória sobre o CRB na última quinta-feira, assegurando sua vaga nas quartas de final da Copa do Brasil, mas também estendeu sua sequência invicta para outros sete confrontos desde a virada de chave no Morumbi. O registro impressiona: foram cinco vitórias e três empates, resultando em um aproveitamento de 75%. Essa solidez é o pilar da ambição do clube na atual temporada.

A eficiência defensiva do "Cruzeiro ideal" de Leonardo Jardim é um dos seus maiores trunfos. A equipe sofreu um número ínfimo de apenas três gols nestes oito jogos e, no momento, ostenta uma sequência de três partidas consecutivas sem ter sua meta vazada. Essa notável consistência inclui o empate sem gols contra o Corinthians, fora de casa, e as vitórias por 2 a 0 sobre Botafogo e CRB, esta última na partida de volta da Copa do Brasil.

Confira a performance da equipe tida como "ideal" sob o comando de Jardim:

O Legado de Jardim e Perspectivas Futuras

É importante ressaltar que o sucesso do Cruzeiro sob a gestão de Leonardo Jardim não se restringe unicamente à performance do "time ideal". Mesmo com alterações pontuais na formação titular, a equipe demonstrou capacidade de manter um bom nível. Desde o confronto com o São Paulo, o desempenho global de Jardim à frente da Raposa é de 14 vitórias, 7 empates e apenas 3 derrotas, o que representa um aproveitamento sólido de 68%.

Fora do rol dos onze jogadores considerados ideais para este momento da temporada, Eduardo (com oito jogos) e Gabigol (com sete jogos) foram os atletas que mais frequentemente integraram o time titular desde a reconfiguração estratégica. Essa flexibilidade, aliada à solidez da base, posiciona o Cruzeiro em uma trajetória promissora para as fases decisivas das competições que ainda disputa. A capacidade de Jardim em encontrar e consolidar uma formação vencedora é, sem dúvida, um dos pilares para as aspirações do clube na busca por glórias em 2024.