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Cruzeiro: Jardim Explica Por Que Gabigol Não é Titular e Busca Equilíbrio

Por Redação Raposa Azul em 11/08/2025 18:41

A utilização parcimoniosa de Gabigol nos momentos derradeiros da partida contra o Santos, disputada no Mineirão, provocou questionamentos direcionados ao comandante técnico Leonardo Jardim. A imprensa e a torcida ansiavam por uma elucidação sobre a ausência do atacante no onze inicial, especialmente em um cenário onde a equipe busca a consolidação de seu modelo de jogo e resultados.

Durante a subsequente coletiva de imprensa, o treinador detalhou as razões que o levam a preterir a escalação simultânea do atacante ao lado de Kaio Jorge e Matheus Pereira desde o início dos confrontos. A decisão, segundo Jardim, não se baseia na qualidade individual dos atletas, mas sim na dinâmica coletiva que se estabelece quando os três estão em campo.

Jardim apresentou um dado objetivo para embasar sua perspectiva: ?Com todos jogando ao mesmo tempo, a equipe tem três gols sofridos e um marcado. Então, é fácil dar a minha resposta. As coisas não funcionam muito bem com os três. São excelentes jogadores, mas descaracterizam, um pouco, aquilo que é o nosso jogo?, sentenciou o técnico, evidenciando uma preocupação com a solidez defensiva e a identidade tática da equipe.

A Lógica Tática de Jardim: O Trio no Banco

A preferência por Kaio Jorge como principal referência no ataque também foi tema da explanação do treinador. Jardim fez questão de ressaltar a produtividade do camisa 9, que se destaca como artilheiro do campeonato, justificando sua presença constante entre os titulares. A busca por um atacante com faro de gol e capacidade de finalização tem sido uma prioridade na estratégia do Cruzeiro.

Gabigol, por sua vez, tem sido acionado predominantemente nos minutos finais das partidas. Contra o Santos, sua entrada ocorreu apenas aos 36 minutos da etapa complementar. Em um confronto anterior, diante do CRB, o camisa 10 foi introduzido em campo ainda mais tarde, aos 43 minutos do segundo tempo. Esse padrão de utilização sugere um papel específico para o atleta, talvez como uma peça para mudar o panorama do jogo em momentos decisivos ou para explorar o cansaço adversário.

O Histórico e a Adaptação de Gabigol

A última ocasião em que Gabigol iniciou um jogo como titular ao lado de Kaio Jorge e Matheus Pereira remonta à vitória por 3 a 0 sobre o Vila Nova-GO, em partida válida pela Copa do Brasil. Outro registro de escalação conjunta dos três no início de um confronto foi no empate por 1 a 1 com o Betim, pelo Campeonato Mineiro. Esses poucos exemplos reforçam a tese de que a comissão técnica tem avaliado a combinação e optado por outras formações que, na sua visão, oferecem maior equilíbrio e aderência ao modelo de jogo pretendido.

A declaração de Leonardo Jardim sublinha a primazia do coletivo sobre o individual em suas escolhas. Embora reconheça a qualidade técnica de Gabigol, Kaio Jorge e Matheus Pereira , o treinador demonstra que a simples soma de talentos não garante o sucesso tático. A filosofia do Cruzeiro , sob seu comando, parece pautada na construção de um sistema coeso, onde cada peça se encaixa para fortalecer a estrutura geral da equipe, mesmo que isso signifique a contenção de estrelas no banco de reservas.

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