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Cruzeiro: Jardim Explica Poucas Substituições Contra Mirassol - Análise Tática

Por Redação Raposa Azul em 18/08/2025 23:22

O recente empate do Cruzeiro por 1 a 1 com o Mirassol, ocorrido na última segunda-feira (18) no Maião, em partida válida pela 20ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, trouxe à tona discussões sobre as escolhas táticas do técnico Leonardo Jardim. Em meio a um cenário de desfalques significativos, o comandante português optou por uma abordagem extremamente conservadora, realizando apenas duas substituições ao longo do confronto e deixando três possíveis alterações sem uso.

A postura cautelosa do treinador, que surpreendeu parte da crítica e da torcida, foi prontamente justificada por ele no pós-jogo. Jardim apontou as "limitações" do elenco disponível para o embate como o principal fator para suas decisões. Segundo o mister, a estratégia visava preservar as trocas até os momentos finais da partida, assegurando que jogadores com sinais de desgaste pudessem ser substituídos, algo que, conforme sua avaliação, não se fez estritamente necessário.

As Justificativas de Leonardo Jardim: Um Elenco Reduzido

Em coletiva de imprensa, Leonardo Jardim detalhou o panorama que influenciou sua linha de raciocínio. "Em primeiro lugar, vocês sabem as nossas limitações para esse jogo. Tivemos seis jogadores que normalmente jogam de fora. Os dois laterais (William e Fagner), o Christian, o Kaiki, o Romero, mais o Marquinhos também. Tivemos que arranjar a equipe da melhor forma", declarou o técnico, evidenciando a ausência de peças-chave.

A escassez de opções no banco de reservas, especialmente em posições cruciais, foi o cerne da argumentação de Jardim. Ele explicou que a gestão das substituições foi mais uma questão de monitoramento físico do que de alteração estratégica pré-determinada. "Nas substituições, mais do que da ordem estratégica, foi ver como eles aguentavam para a gente mudar. Com certeza que se tivéssemos hoje mais um meio-campista no banco, eu teria tirado o Lucas mais cedo, que estava com dificuldade. Eu tinha tirado um lateral-esquerdo e um direito, porque já estavam com alguma dificuldade. Eu não podia gastar as substituições antes de terminar o jogo. Se eu faço as substituições antes, depois, o Prates, como foi contra o Fluminense, poderia me fazer aquele sinal (de substituição), o Jonathan na direita também", ponderou o treinador, citando a preocupação com a possibilidade de novas lesões ou esgotamento físico.

Jardim prosseguiu, descrevendo o caráter do confronto contra o Mirassol como um teste de resiliência. "Tivemos que gerir até aguentar o fim. Quando chegou a cinco minutos do fim, já não tínhamos nada para fazer. Eles foram aguentando, no sofrimento, na dor. Foi isso que disse aos jogadores. Hoje não foi um grande jogo de futebol, foi mais no sofrimento. Tivemos muitas limitações e essas limitações tivemos que gerir da forma que gerimos", argumentou o português, ressaltando o esforço dos atletas em campo.

"Eu acho que acabamos por gerir da melhor forma, porque se eu tivesse que meter o Gamarra na lateral esquerda ou alguém na lateral direita, talvez o Murilo, se tivesse que fazer essas trocas e se tivéssemos perdido o jogo, toda a gente diria que não tenho as soluções", completou, defendendo sua prudência como uma forma de evitar críticas ainda maiores caso as alterações não surtissem efeito ou gerassem novos problemas.

As Escolhas e as Opções no Banco

No decorrer da partida, as únicas intervenções de Leonardo Jardim foram as entradas de Matheus Henrique e Lautaro Díaz, que substituíram Walace e Wanderson, respectivamente, já na segunda etapa. Notavelmente, o atacante Gabigol permaneceu no banco de reservas durante os 90 minutos, uma decisão que gerou questionamentos em parte da base de torcedores.

A lista de atletas disponíveis no banco, além dos que entraram e de Gabigol, incluía Léo Aragão, Marcelo Eraclito, Mateo Gamarra, Japa, Murilo Rhikman, Kaique Kenji e Bolasie. Essa composição, segundo a visão do técnico, não oferecia as alternativas táticas necessárias para um uso mais liberal das substituições, especialmente considerando as posições mais carentes do elenco .

Confira as substituições realizadas e as opções disponíveis:

Tipo de Substituição Jogador que Saiu Jogador que Entrou
Substituição Realizada Walace Matheus Henrique
Substituição Realizada Wanderson Lautaro Díaz

Opções Não Utilizadas no Banco de Reservas:

  • Gabigol (Atacante)
  • Léo Aragão (Goleiro)
  • Marcelo Eraclito (Defensor)
  • Mateo Gamarra (Lateral/Defensor)
  • Japa (Meio-campista)
  • Murilo Rhikman (Meio-campista)
  • Kaique Kenji (Atacante)
  • Bolasie (Atacante)

O Empate e a Posição na Tabela

O confronto entre Mirassol e Cruzeiro terminou com o placar de 1 a 1. O Cruzeiro abriu o marcador no início do primeiro tempo, com um gol de Kaio Jorge. Contudo, a equipe celeste não conseguiu manter a vantagem, sofrendo o empate aos 20 minutos da etapa final, em um belo gol de Negueba.

Com este resultado, o time celeste soma agora 38 pontos e ocupa a terceira posição na tabela do Campeonato Brasileiro, tendo sido ultrapassado pelo Palmeiras no último domingo (17). O Mirassol, por sua vez, mantém-se na sexta colocação, com 29 pontos. O próximo desafio da Raposa será no sábado (23), às 18h30 (horário de Brasília), quando enfrentará o Internacional no Mineirão. O Leão, por sua vez, terá pela frente o Fortaleza no domingo (24), no mesmo horário, na Arena Castelão, em Fortaleza-CE.

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Lucas

Lucas

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Comentado em 19/08/2025 03:40 Ficou no empate, mas foi sofrido, slk kkkk
Eduardo

Eduardo

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Comentado em 19/08/2025 01:30 Jardim mandou bem segurando as trocas, paciência!
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