Cruzeiro na Copa do Brasil: A Batalha para Quebrar o Jejum de Quartas de Final

A quinta-feira (7) reserva um embate de grande peso para o Cruzeiro na Copa do Brasil. Em Maceió, a equipe celeste medirá forças com o CRB, a partir das 21h (horário de Brasília), em um duelo que definirá a continuidade de sua trajetória no torneio. Para um clube que ostenta o recorde de sete conquistas na competição, a partida transcende a mera disputa por uma vaga; representa a chance de romper um incômodo jejum de seis anos sem alcançar as quartas de final.

Historicamente, o Cruzeiro sempre foi sinônimo de excelência na Copa do Brasil, acumulando classificações memoráveis e erguendo o troféu em diversas ocasiões. Contudo, desde 2019, o cenário mudou drasticamente. A Raposa, outrora soberana, tem encontrado uma barreira intransponível nas oitavas de final, fase que se tornou um obstáculo persistente em sua busca pelo oitavo título.

A última vez que o clube de Belo Horizonte superou essa etapa foi justamente em 2019, sob o comando de Mano Menezes. Naquela campanha, o time eliminou o Fluminense antes de avançar às quartas e, posteriormente, despachar o arquirrival Atlético. Bicampeão consecutivo em 2017 e 2018, o Cruzeiro teve sua jornada interrompida apenas nas semifinais daquele ano, ao ser superado pelo Internacional.

O Calvário Recente na Copa do Brasil

A partir de 2019, o Cruzeiro iniciou um período de profundas dificuldades, marcadas por desafios financeiros e estruturais que impactaram diretamente seu desempenho esportivo. Essa fase de instabilidade se refletiu de forma contundente nas participações da equipe na Copa do Brasil, onde a tradição não foi suficiente para evitar eliminações precoces e, por vezes, surpreendentes.

A seguir, um panorama das recentes despedidas da Raposa no certame, um roteiro que o clube busca, urgentemente, reescrever:

Foto: ( Gustavo Aleixo/ Cruzeiro)

A Tradição em Contraste com a Realidade Atual

Mesmo diante desse cenário recente de tropeços, a presença nas quartas de final da Copa do Brasil é, ou ao menos costumava ser, uma constante na história do Cruzeiro . O clube já alcançou essa etapa em impressionantes 14 oportunidades, um número que ressalta sua vocação para as fases decisivas da competição e sublinha o quão atípica tem sido sua performance nos últimos anos.

O confronto decisivo contra o CRB será no Estádio Rei Pelé, em Maceió, com início programado para as 21h (horário de Brasília). O empate sem gols na partida de ida, disputada no Mineirão, deixou o destino da classificação em aberto. Sem ter conseguido fazer valer o mando de campo em casa, o Cruzeiro agora necessita de uma vitória simples para avançar. Caso um novo empate ocorra, independentemente do placar, a vaga será definida na dramática disputa de penalidades máximas.

No primeiro encontro, apesar do inegável favoritismo e da criação de inúmeras oportunidades de gol, a equipe celeste foi barrada por uma atuação excepcional do goleiro Matheus Albino, do CRB. O arqueiro se destacou como o principal nome em campo, realizando defesas cruciais que mantiveram o placar inalterado e adiaram a decisão para o segundo jogo. O desafio, portanto, é superar não apenas o adversário, mas também a própria sombra de um passado recente de frustrações.