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Cruzeiro na Libertadores 2019: Dominância e Queda nos Pênaltis - Análise Detalhada
Por Redação Raposa Azul em 13/11/2025 04:15
O Cruzeiro está prestes a reacender o sonho de mais uma Copa Libertadores, encerrando um hiato de seis anos, o segundo período mais extenso da agremiação sem figurar no principal torneio continental. Este retorno, aguardado com grande expectativa, evoca tanto a esperança de novas conquistas quanto as lembranças de uma participação anterior que deixou um sabor de profunda frustração na memória dos torcedores celestes.
O Início Promissor da Jornada em 2019
Na edição de 2019, sob o comando técnico de Mano Menezes, a equipe da Raposa contava com figuras de destaque e vasta experiência, como o goleiro Fábio, o meio-campista Thiago Neves e o atacante Fred. O percurso pela Libertadores foi inaugurado com uma performance que não deu margem aos adversários. Integrando um grupo composto por Huracán-ARG, Emelec-EQU e Deportivo Lara-VEN, o time mineiro acumulou 15 dos 18 pontos possíveis, sendo derrotado apenas pelo Emelec em uma partida onde a classificação já estava garantida. Até aquele momento, a defesa celeste permanecia invicta, sem ter sofrido um único gol.
Com um saldo de onze gols marcados e somente dois sofridos, a equipe assegurou sua vaga nas oitavas de final ostentando a segunda melhor campanha geral da fase de grupos, superada apenas pelo Palmeiras por critérios de desempate. O artilheiro do time na competição era o centroavante Fred, com seis tentos anotados.
Os resultados da fase de grupos de 2019 demonstram a solidez da equipe:
| Jogo | Placar |
|---|---|
| Huracán x Cruzeiro | 0 x 1 |
| Cruzeiro x Deportivo Lara | 2 x 0 |
| Emelec x Cruzeiro | 0 x 1 |
| Cruzeiro x Huracán | 4 x 0 |
| Deportivo Lara x Cruzeiro | 0 x 2 |
| Cruzeiro x Emelec | 1 x 2 |
A Eliminação Precoce e o Desfecho Doloroso
Em contraste com o formato atual, que define os confrontos por sorteio, o regulamento daquele período estabelecia cruzamentos baseados nas performances das equipes na fase de grupos. Dessa forma, o Cruzeiro , com sua campanha de elite, deparou-se com o River Plate, que havia avançado com a segunda pior trajetória entre os classificados.
Nos dois embates válidos pelas oitavas de final, a Raposa não conseguiu converter sua superioridade em gols, e o placar permaneceu inalterado em ambas as partidas. No jogo de volta, disputado no Mineirão, o destino da equipe foi selado em uma dramática disputa por pênaltis. Henrique e David falharam em suas cobranças, permitindo que os argentinos avançassem com aproveitamento total nas penalidades.
Naquele ponto da temporada, em julho de 2019, o elenco já enfrentava sérias dificuldades no Campeonato Brasileiro. O confronto continental foi disputado em meio a uma sequência de nove rodadas sem vitórias na liga nacional, com o time posicionado na 16ª colocação, somando apenas 10 pontos.
O Legado de um Ano Desafiador e o Retorno à Tradição Continental
A temporada que se iniciou com o Cruzeiro encantando na Libertadores culminou em um desfecho trágico: o rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, em um contexto de profunda turbulência institucional, com desdobramentos que envolveram investigações policiais. A queda do bicampeão continental marcou um dos períodos mais sombrios da história do clube.
O Cruzeiro é detentor de dois títulos da Libertadores, erguendo os troféus em 1976 e 1997. O iminente retorno à competição pode posicionar a Raposa entre as cinco equipes brasileiras com o maior número de participações no torneio. Em 2026, o clube alcançará sua 18ª presença. Caso o Corinthians não garanta sua classificação para a competição, o time mineiro igualará o número de edições disputadas pela equipe paulista, que atualmente ocupa a quinta posição entre os brasileiros.
Confira a lista dos times brasileiros com mais participações na Libertadores:
| Time | Participações | Títulos |
|---|---|---|
| Palmeiras | 25 | 3 (1999, 2020 e 2021) |
| São Paulo | 23 | 3 (1992, 1993 e 2005) |
| Grêmio | 22 | 3 (1983, 1995 e 2017) |
| Flamengo | 21 | 3 (1981, 2019 e 2022) |
| Corinthians | 18 | 1 (2012) |
| Cruzeiro | 17 | 2 (1976 e 1997) |
O período mais longo sem participações do Cruzeiro na Libertadores estendeu-se entre as edições de 1978 e 1993. Após o título de 1976, o clube alcançou a final no ano seguinte, sendo vice-campeão contra o Boca Juniors, da Argentina. Além dos dois campeonatos conquistados, a Raposa voltou a ser finalista em 2009, mas foi superada pelo Estudiantes. O retorno à competição carrega o peso da história e a ambição de reescrever um novo capítulo de glórias, superando as memórias amargas do passado recente.
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