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Cruzeiro Vence, Mas Jardim Critica "Pior Início" e Explica Revolução Tática da Raposa

Por Redação Raposa Azul em 31/08/2025 00:33

A recente vitória do Cruzeiro por 1 a 0 sobre o São Paulo trouxe os três pontos tão almejados, mas a avaliação do técnico Leonardo Jardim sobre o desempenho da equipe foi marcada por uma franqueza notável. Apesar do triunfo, o comandante português não hesitou em classificar a etapa inicial como a mais desafiadora enfrentada pelo time no Campeonato Brasileiro até o momento. O gol da Raposa veio apenas na segunda metade do confronto, após um período em que o adversário paulista exerceu clara superioridade.

Jardim reconheceu prontamente a qualidade do São Paulo e apontou a falta de condição física ("frescura") de seus próprios jogadores como um fator determinante para a performance aquém do esperado. A recuperação de apenas dois dias entre partidas, segundo ele, pesou. "Acho que foi o pior primeiro tempo nosso no Brasileiro. Muito pela intensidade e pela qualidade que o São Paulo apresentou, pela falta de frescura (condição física) nossa. Eu já tinha dito que não ia ser fácil só com dois dias de recuperação. Em termos estratégicos tivemos alguma dificuldade," declarou o técnico.

Entre as dificuldades táticas mencionadas, Jardim destacou o posicionamento de Matheus Henrique. O meio-campista, que retornava à titularidade pela primeira vez após uma lesão no menisco lateral do joelho direito, atuou de forma excessivamente aberta no corredor, o que impediu a criação de superioridade numérica pelo centro do campo. "Uma das situações foi o Matheus Henrique , foi o primeiro jogo dele, estava muito aberto no corredor e não estava tendo superioridade por dentro. Estes fatores levaram a que esse primeiro tempo fosse ruim," explicou Jardim, detalhando as razões para o desempenho insatisfatório.

Análise Tática: A Virada do Cruzeiro no Segundo Tempo

A análise de Jardim sobre a etapa complementar foi consideravelmente mais positiva. O técnico português observou uma notável melhora no desempenho da equipe celeste, que, apesar de o São Paulo ainda ter mantido certo volume de jogo em momentos, demonstrou alta competência. Para o treinador, o resultado final de 1 a 0 refletiu a justiça do futebol, uma vez que a vitória pertence a quem balança as redes.

"No segundo tempo, eu acho que fomos extremamente competentes, apesar do adversário em alguns momentos ter um maior volume de jogo. Estou aqui a lembrar que teve uma de cabeçada, Gabriel teve uma. Três grandes defesas do goleiro adversário. Podíamos acabar por fazer mais um gol. Mas também o São Paulo, principalmente na primeira parte, também poderia ter feito. Eu vou dizer que é justo o resultado, porque é sempre justo quem marca," ponderou Jardim, ressaltando as oportunidades criadas pelo Cruzeiro e a competência defensiva do goleiro adversário. Ele também fez questão de elogiar o oponente, apontando para sua evolução.

Foi um grande adversário, principalmente na primeira parte. Um São Paulo diferente daquele que enfrentamos na terceira rodada. Uma equipe muito mais forte, muito mais organizada, e o Crespo está de parabéns.

Cruzeiro: A Mudança de Rota e a Consolidação da Equipe

A discussão sobre a partida contra o São Paulo evoca memórias de um confronto anterior no primeiro turno, que Jardim descreveu como um ponto de inflexão para o Cruzeiro . Naquela ocasião, o técnico implementou alterações profundas na escalação e na abordagem tática da equipe, buscando uma nova identidade coletiva. O jogo terminou em empate por 1 a 1, mas foi crucial para o desenvolvimento e a consolidação do esquema que o time adota atualmente.

Naquela partida no Morumbis, Jardim promoveu a saída de cinco jogadores considerados titulares absolutos, abrindo espaço para novos nomes. A tabela abaixo ilustra as alterações significativas no elenco:

Deixaram a Equipe (Titulares Anteriores) Ganharam Oportunidade (Novos Nomes)
Dudu Fagner
Gabigol Villalba
William Kaiki
Jonathan Jesus Lucas Silva
Marlon Christian
Kaio Jorge

Com exceção de William, que vinha se revezando com Fagner antes de uma lesão, os novos jogadores que entraram naquela ocasião se firmaram na equipe e não mais deixaram a titularidade.

Jardim elucidou a lógica por trás dessas decisões drásticas, que ele considera o verdadeiro marco da "virada de chaves" na temporada celeste. Sua intenção era moldar um time que pudesse executar sua visão de jogo, priorizando valências específicas em detrimento de qualidades individuais que, embora reconhecidas, não se alinhavam ao perfil desejado.

"Em relação àquilo que dizem que é uma virada de chaves. Esse dia em São Paulo, eu tomei a decisão de escolher uma equipe que conseguisse desenvolver aquilo que eu acredito no jogo. Às vezes não se fala de qualidade, houve jogadores bons que deixaram de jogar, jogadores de qualidade, que também saíram do clube, mas eu procurei encontrar alguns com outras valências que identificam-se mais com o jogo que eu pretendia implementar no Cruzeiro ," afirmou o treinador. Ele concluiu, reforçando a identificação dos novos escolhidos com sua filosofia:

Eu identifiquei que estes jogadores, identificavam-se mais com aquilo que era o perfil de jogo que eu pretendia jogar.

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Fabiana

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Comentado em 31/08/2025 04:50 Jardim sabe o que faz, mesmo com começo ruim no jogo, time cresceu e venceu, tamo junto Raposa!
Bruno

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Comentado em 31/08/2025 02:40 Cruzeiro tá no caminho, bora apoiar sempre!
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