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Cruzeiro x Atlético-MG: Provocações, Arbitragem e a Fúria da Copa do Brasil

Por Redação Raposa Azul em 27/08/2025 12:24

O cenário para o confronto entre Atlético-MG e Cruzeiro pelas quartas de final da Copa do Brasil, que se inicia nesta quarta-feira na Arena MRV, às 19h30, vai muito além das quatro linhas. A tensão é palpável, e não se limita apenas ao aspecto esportivo. Uma série de episódios recentes, envolvendo jogadores, comissões técnicas e até as próprias instituições, tem elevado a temperatura da rivalidade a níveis estratosféricos, transformando os clássicos decisivos em verdadeiros campos de batalha verbal e simbólica.

Nomes como Gabigol, Guilherme Arana, Hulk, Lyanco, o controverso movimento de Dudu e até um membro da comissão técnica de Leonardo Jardim, todos, de alguma forma, contribuíram para a efervescência que antecede este embate crucial. A história recente entre os clubes é rica em momentos de atrito, e os próximos capítulos prometem ser ainda mais intensos.

A Intensa Dança das Provocações Institucionais e Simbólicas

A disputa entre os gigantes mineiros não se restringe ao gramado; ela se estende para as redes sociais e para o imaginário dos torcedores, onde as provocações ganham um tom "institucional". O Atlético, em particular, não perdeu a oportunidade de alfinetar o rival em momentos de glória. Após as duas últimas conquistas do Campeonato Mineiro, o clube alvinegro disparou mensagens como: "Joga milho que pipoca taça", em 2024. Neste mesmo ano, a provocação se aprofundou: "Para alguns, o sexto seguido, já para outros, o sexto sem títulos", em clara alusão ao período de jejum estadual do Cruzeiro .

No ano de 2025 (considerando um lapso no texto original que provavelmente se refere a 2024, mas mantendo a informação original), a rivalidade ganhou um capítulo ainda mais picante com a chegada de Dudu ao Galo. O anúncio da contratação do jogador, que havia rescindido com o Cruzeiro , veio acompanhado de uma imagem sugestiva: uma alusão a um gol do atacante que, em 2019, defendendo o Palmeiras, contribuiu para o rebaixamento da Raposa. A escolha da camisa 92 por Dudu , oficialmente atribuída ao seu ano de nascimento (1992), foi prontamente associada pela torcida atleticana à histórica goleada de 9 a 2 sobre o Cruzeiro em 1927, adicionando mais uma camada de simbolismo à provocação.

Do lado celeste, as respostas vieram após vitórias importantes, especialmente na Arena MRV, onde o Cruzeiro triunfou nos dois primeiros clássicos disputados no novo palco. Após um desses triunfos no Mineiro de 2024, a Raposa publicou uma montagem da Arena repleta de pipocas, acompanhada da frase: "Arena Meu Rival Venceu". Em outro momento, ao final do ano passado, o Cruzeiro direcionou uma provocação ao Atlético após a derrota do rival na final da Libertadores: "O único mineiro bicampeão da Libertadores parabeniza o Botafogo pela conquista inédita", postou o clube, complementando com emojis de fogo.

Cruzeiro x Atlético-MG: Provocações, Arbitragem e a Fúria da Copa do Brasil
Foto: (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Os Protagonistas em Campo: Gritos, Gestos e Declarações Inflamadas

A tensão pré-clássico também é alimentada pelas ações e palavras dos atletas em campo. Guilherme Arana, lateral do Atlético desde 2020, tem sido um dos mais ativos nesse quesito. No título mineiro do ano passado, Arana celebrou no Mineirão com o gesto de choro, acompanhado da frase: "Quem mora na Pampulha corre risco de alagamento, porque tem muita gente chorando aí fora". O gesto se repetiu no Brasileiro do ano passado, tanto na vitória por 3 a 0, onde Arana marcou o terceiro gol, quanto no empate sem gols no Mineirão, ocasião em que também levou a mão à orelha, insinuando não ouvir a torcida adversária.

Hulk, o capitão atleticano, também contribuiu para o acirramento da rivalidade de diversas maneiras. Na final do Mineiro do ano passado, rememorou uma célebre frase de Ronaldinho Gaúcho ao festejar o título, após o Galo ter sido derrotado duas vezes pelo Cruzeiro na Arena MRV: "Quando tá valendo, tá valendo". Em 2024, o atacante utilizou suas redes sociais para parabenizar o Sousa-PB pela vitória sobre a Raposa na Copa do Brasil. Nesta temporada, Hulk também interagiu com a torcida cruzeirense em ambos os clássicos: nos Estados Unidos, durante a pré-temporada, respondeu com beijos às provocações, e no Mineiro, após marcar o segundo gol na vitória por 2 a 0, com apenas cruzeirenses presentes, levou a mão à orelha e, ao ser substituído, acenou em direção à arquibancada, fazendo o sinal do número dois em alusão aos gols marcados.

Escaramuças e Respostas Ácidas: Lyanco, Gabigol e Fabrício Bruno

Os clássicos deste ano foram palco de declarações polêmicas à imprensa. Nos Estados Unidos, o embate entre Lyanco e Marlon, que trocaram empurrões, gerou repercussão. Após a partida, Fabrício Bruno, do Cruzeiro , criticou o rival: "É ir, dentro do processo do futebol, amadurecendo, para que ele continue trilhando a carreira para se tornar um grande jogador". A resposta do atleticano foi imediata: "O máximo que ele jogou (Lyanco) foi em Orlando". Relatos da época indicam que jogadores do Galo teriam repreendido o companheiro de equipe.

Lyanco também se envolveu em outras controvérsias nos clássicos oficiais da temporada. Gabigol, que já tinha um histórico de desavenças com o zagueiro desde as finais da Copa do Brasil do ano passado (quando defendia o Flamengo), foi expulso por acertar o braço no rosto de Lyanco em um clássico da primeira fase do Mineiro. Após a partida, vencida pelo Galo por 2 a 0, o camisa nove da Raposa declarou: "Nos vemos na final". Contudo, o Cruzeiro foi eliminado pelo América-MG na semifinal, e Lyanco não perdeu a chance de lembrar a declaração de Gabigol após ser campeão mineiro: "Não vi ele". O zagueiro ainda exaltou a sequência de seis títulos estaduais do Galo: "Continuo repetindo o que falei no início da temporada, antes de começar, que em Minas só tinha um, continuo com isso, e está aí mais uma prova".

A Visão Crítica do Banco de Reservas e a Polêmica Arbitral

As provocações se estenderam até o banco de reservas. Diogo Dias, auxiliar de Leonardo Jardim no Cruzeiro , criticou publicamente o Atlético após o empate sem gols no Brasileirão. Em uma publicação, ele questionou a postura defensiva do rival na partida: "Hoje, tive a confirmação que precisava. Jamais permitirei alguém falar que o Atlético é rival. Equipe que joga um clássico como o ATM jogou, hoje, jamais se pode considerar rival de equipe grande".

Além das declarações e gestos, a arbitragem emergiu como um ponto de atrito significativo. O Cruzeiro expressou publicamente suas críticas à atuação dos árbitros nos duelos contra o Atlético-MG nesta temporada. Na derrota pelo Campeonato Mineiro, a expulsão de Gabigol por acertar o braço em Lyanco não foi contestada pelo clube. No entanto, a Federação Mineira de Futebol foi cobrada pela não expulsão de Lyanco, que teria pisado no braço de Dudu em lance anterior.

No empate em 0 a 0 pelo Campeonato Brasileiro, os questionamentos do Cruzeiro se voltaram para lances do segundo tempo. A diretoria, jogadores e comissão técnica celestes consideraram que Júnior Alonso deveria ter recebido o segundo cartão amarelo após uma falta em Christian, no início da etapa final. Adicionalmente, na visão do clube, um pênalti claro não foi assinalado em um puxão de Lyanco em Fabrício Bruno , após cobrança de escanteio. Todos esses elementos, somados, garantem que a disputa da Copa do Brasil será um caldeirão de emoções e tensões, com a rivalidade mineira em seu auge.

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Comentado em 27/08/2025 16:42 Se é loko, o Galo pode se preparar que a Raposa tá com fome de revanche kkkk
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Comentado em 27/08/2025 14:30 Vamo com tudo, Cruzeiro na raça e raça!
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