Cuca e Pelaipe: Detalhes do Acerto de Contas Pós-Vitória do Cruzeiro

A intensidade de um clássico mineiro, por vezes, transcende as quatro linhas do campo. Após a significativa vitória do Cruzeiro por 2 a 0 sobre o Atlético-MG, em confronto válido pela primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil, na Arena MRV, os ânimos se exaltaram. Um embate verbal chamou a atenção nos bastidores, envolvendo o técnico Cuca e o diretor executivo da Raposa, Paulo Pelaipe, logo após a celebração da equipe vitoriosa ao deixar o gramado.

O incidente se desenrolou no corredor que leva do campo aos vestiários do estádio atleticano. Testemunhas presenciaram os dois protagonistas, divididos apenas por um corrimão, engajados em uma troca acalorada de palavras. Ambos gesticulavam e apontavam um para o outro, em um breve, mas visível, momento de atrito.

Embora o representante da diretoria celeste tenha sido prontamente afastado da cena, as imagens capturadas revelam que o treinador do Galo manteve-se expressando sua insatisfação, continuando a apontar em direção ao local onde Pelaipe estava. Posteriormente, em coletiva de imprensa, o comandante alvinegro comentou sobre o ocorrido, oferecendo sua versão dos fatos:

A Tensão Pós-Jogo na Arena MRV

"Pessoal tava comemorando com grito de Cruzeiro . Falei para tomarem cuidado, porque aquilo poderia desandar. Mas nada de anormal."

Até o presente momento, o diretor executivo do Cruzeiro , Paulo Pelaipe, optou por não emitir qualquer pronunciamento público acerca do desentendimento ocorrido nos corredores da Arena MRV, mantendo silêncio sobre o episódio.

Precedentes e Repercussões

Contudo, essa postura de reserva contrasta com uma controvérsia anterior, protagonizada pelo próprio Pelaipe. Antes do confronto inaugural pelas quartas da Copa do Brasil, o dirigente havia provocado um debate acalorado ao expressar publicamente sua insatisfação com a designação de Ramon Abatti Abel para apitar a partida na Arena MRV.

Essa manifestação prévia não passou despercebida, sendo prontamente contestada e rebatida pela diretoria do Atlético-MG, um claro indicativo da tensão latente entre os clubes que antecedeu, e talvez tenha contribuído para, o clima de animosidade observado após o apito final.