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Kaio Jorge Pode Quebrar Tabu de 50 Anos no Cruzeiro - Artilharia do Brasileirão
Por Redação Raposa Azul em 16/07/2025 17:52
A história do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro carrega uma lacuna curiosa, um tabu que persiste por mais de meio século: a ausência de um artilheiro próprio. Contudo, Kaio Jorge, o centroavante recém-chegado, surge como o nome capaz de reescrever essa narrativa. Com 11 gols alcançados após um notável hat-trick contra o Grêmio, ele não apenas impulsionou a vitória celeste por 4 a 1 no último domingo (13), mas também assumiu a liderança na corrida pela artilharia, reacendendo uma esperança que data de 1971.
Kaio Jorge e o Fim de um Longo Jejum Celeste
Desde o ano de 1971, o clube mineiro não conseguiu emplacar o principal goleador do Campeonato Brasileiro. Uma marca que, por si só, é um paradoxo para uma equipe com a grandeza do Cruzeiro . Antes disso, em 1970, um nome icônico do futebol brasileiro, Tostão, brilhou intensamente ao balançar as redes 12 vezes em 18 confrontos, sagrando-se artilheiro. É fundamental ressaltar, contudo, que naquela época, a competição era denominada Torneio Roberto Gomes Pedrosa. A partir do ano seguinte, 1971, o torneio passou a adotar a designação que se mantém até os dias atuais: Campeonato Brasileiro.
O mais intrigante é que nem mesmo nos períodos de glória máxima, quando o Cruzeiro conquistou o título nacional, a Raposa conseguiu ter um artilheiro em suas fileiras. Na era dos pontos corridos, por exemplo, o clube celeste ergueu o troféu em três ocasiões memoráveis: 2003, 2013 e 2014. Mesmo com elencos recheados de talentos e campanhas dominantes, a artilharia individual permaneceu inatingível para os atletas celestes.
A Contradição dos Títulos: Cruzeiro Campeão, Artilharia Alheia
Em 2003, ano que marcou a histórica conquista da Tríplice Coroa pelo Cruzeiro , o maestro Alex foi, sem dúvida, o grande expoente do Cabuloso, contribuindo com 23 gols em 39 partidas. Apesar de sua performance espetacular, o principal goleador daquele Campeonato Brasileiro foi Dimba, que, à época defendendo as cores do Goiás, anotou impressionantes 31 tentos.
A situação se repetiu em outras temporadas de sucesso. Em 2013, o artilheiro da competição foi Éderson, então jogador do Athletico-PR, com 21 gols. No ano subsequente, 2014, quem liderou a tabela de goleadores foi Fred, que atuou por Atlético-MG e Fluminense, com 14 bolas na rede. A persistência desse padrão histórico evidencia a singularidade do desafio que Kaio Jorge agora se propõe a superar.
Para ilustrar a ausência de um artilheiro do Cruzeiro nas campanhas de título no Campeonato Brasileiro, observe a tabela a seguir:
Ano | Artilheiro do Campeonato (Clube) | Gols | Melhor Goleador do Cruzeiro (Gols) |
---|---|---|---|
2003 | Dimba (Goiás) | 31 | Alex (23) |
2013 | Éderson (Athletico-PR) | 21 | Não se aplica |
2014 | Fred (Atlético-MG/Fluminense) | 14 | Não se aplica |
A Caminhada de Kaio Jorge Rumo à História
A recente rodada foi decisiva para a ascensão de Kaio Jorge na lista de goleadores. Seu hat-trick diante do Grêmio não apenas garantiu uma vitória categórica, mas também o impulsionou à artilharia do torneio com 11 gols. Com essa marca, ele superou o talentoso uruguaio Arrascaeta, do Flamengo, que soma nove gols em 11 partidas, abrindo uma vantagem considerável.
A próxima oportunidade para Kaio Jorge e o Cruzeiro ampliarem essa vantagem e consolidarem a busca por essa marca histórica será nesta quinta-feira (17). A equipe mineira enfrentará o Fluminense no Maracanã, em confronto agendado para as 19h30 (horário de Brasília). Trata-se de mais um capítulo crucial na jornada do atacante, que pode, finalmente, quebrar um tabu que perdura há mais de cinco décadas no futebol brasileiro.
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