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Leonardo Jardim, Cruzeiro e a Coincidência Histórica da Libertadores 2026
Por Redação Raposa Azul em 24/11/2025 11:01
A glória continental do Cruzeiro foi reafirmada neste domingo, com uma performance avassaladora sobre o Corinthians, garantindo a tão almejada vaga na fase de grupos da Copa Libertadores de 2026. O triunfo por 3 a 0, no Mineirão, com gols de Kaio Jorge (dois) e Keny Arroyo, representa o retorno do clube mineiro à principal competição sul-americana após um hiato que se estende desde 2019. Em meio à celebração, o técnico Leonardo Jardim trouxe à tona uma notável observação, compartilhada em suas redes sociais na manhã de segunda-feira: a data de 23 de novembro parece ser um marco em sua trajetória.
Exatamente quatro anos após erguer o troféu da Liga dos Campeões da Ásia em 23 de novembro de 2021, o estrategista português viu sua equipe celeste assegurar a classificação para a Libertadores em 23 de novembro de 2025. Uma sincronicidade que adiciona um toque de misticismo à campanha vitoriosa da Raposa.
Com os três pontos conquistados, o Cruzeiro solidificou sua posição na tabela, mantendo-se na terceira colocação com 68 pontos. A equipe comandada por Jardim não pode mais ser alcançada pelo sexto colocado, o Bahia, o que sela matematicamente sua presença no G5 e, consequentemente, na Libertadores. A distância para o líder Flamengo, contudo, ainda é de seis pontos, mantendo a equipe em uma perseguição desafiadora na reta final do campeonato.
O Legado Vencedor de Jardim: Da Ásia à América do Sul
O foco agora se volta para os próximos compromissos. O elenco celeste terá pela frente o Ceará no sábado (29), às 20h30 (horário de Brasília), em duelo a ser disputado na Arena Castelão, em Fortaleza. Já o Corinthians, adversário da última rodada, receberá o Botafogo no domingo (30), às 16h (horário de Brasília), na Neo Química Arena, em São Paulo.
A capacidade de Leonardo Jardim em construir equipes vencedoras não é novidade. Sua passagem pelo Al-Hilal, culminando no título da Liga dos Campeões da Ásia em 2021, é um testemunho eloqüente de sua metodologia. Naquela que foi sua temporada de estreia no cenário futebolístico asiático, o técnico português demonstrou notável habilidade para impor disciplina tática e extrair o máximo de um plantel recheado de talentos, incluindo nomes como Bafétimbi Gomis, Moussa Marega, Salem Al-Dawsari e Matheus Pereira. A campanha foi um exemplo de regularidade, poderio ofensivo e uma inegável capacidade de decisão.
A Trajetória Impecável do Al-Hilal na Champions Asiática 2021
Integrando a chave A na fase de grupos, o Al-Hilal, sob a batuta de Jardim, navegou por momentos de brilho e algumas instabilidades pontuais. Contudo, a equipe demonstrou sua força ao vencer confrontos cruciais e exibir uma notável capacidade de recuperação, assegurando sua progressão para o mata-mata como um dos melhores segundos colocados. Nas oitavas de final, o desafio contra o Esteghlal, do Irã, foi superado com uma performance segura e uma evidente superioridade técnica em jogo único.
As quartas de final marcaram um dos pontos altos da jornada, com uma vitória contundente de 3 a 0 sobre o compatriota Persepolis, um resultado que não apenas consolidou o Al-Hilal como forte candidato ao título, mas também enviou um claro recado aos adversários. A semifinal trouxe o aguardado clássico contra o Al-Nassr, um embate que carregava a atmosfera de uma verdadeira final antecipada. Em uma partida de alta intensidade, o Al-Hilal prevaleceu por 2 a 1, com Moussa Marega e Salem Al-Dawsari emergindo como figuras decisivas para confirmar a presença do time de Jardim na grande final.
A Conquista Continental: Tática e Decisão na Final Asiática
A grande decisão, disputada em Riade, colocou o Al-Hilal frente a frente com o respeitado Pohang Steelers, um tricampeão continental. Desde os primeiros instantes, Salem Al-Dawsari incendiou a partida com um golaço, abrindo o placar e permitindo que a equipe saudita ditasse o ritmo do jogo. Na etapa complementar, Moussa Marega ampliou a vantagem, selando o triunfo por 2 a 0. Assim, o Al-Hilal garantiu o título, coroando uma campanha exemplar, pautada por um notável equilíbrio tático e uma força coletiva inquestionável, elementos que Jardim soube orquestrar com maestria.
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