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Mattos revela: Vojvoda era o plano A do Cruzeiro antes de Jardim
Por Redação Raposa Azul em 25/12/2025 18:32
A trajetória de Leonardo Jardim no comando técnico do Cruzeiro durante a temporada de 2025 foi marcada por um misto de consistência no campeonato nacional e frustrações em torneios eliminatórios. O treinador português, que ostenta um currículo pesado com passagens por gigantes como Monaco e Sporting, chegou à Toca da Raposa sob a gestão de Pedro Lourenço e Alexandre Mattos para ocupar a vaga deixada por Fernando Diniz. Entretanto, os bastidores revelam que o caminho até sua contratação não foi a primeira rota traçada pela diretoria.
Abaixo, apresentamos o balanço estatístico da passagem do treinador pelo clube celeste, que culminou com a garantia de uma vaga na fase de grupos da principal competição do continente no próximo ano:
| Categoria | Dados |
|---|---|
| Jogos Oficiais | 55 |
| Vitórias | 26 |
| Empates | 18 |
| Derrotas | 11 |
| Aproveitamento | 58,18% |
| Pontuação no Brasileiro | 70 pontos (3º lugar) |
O alvo prioritário: Vojvoda estava no radar de Mattos
Apesar do prestígio internacional de Jardim, ele não figurava como a opção inicial no planejamento estratégico do Cruzeiro após a saída de Diniz. Alexandre Mattos, hoje exercendo a função de diretor-executivo no Santos, trouxe a público que o nome de Juan Pablo Vojvoda, atual comandante do Peixe e ex-Fortaleza, era o preferido da cúpula mineira naquele momento de transição.
Em declarações recentes ao canal Denílson Show, no YouTube, Mattos explicou como o processo de mapeamento de mercado colocou o técnico argentino em evidência, mesmo que ele estivesse empregado em outra instituição brasileira na ocasião. A intenção era buscar um perfil já adaptado ao cenário nacional, antes de expandir as fronteiras da busca para o mercado europeu.
?Mapeamos e começaram a aparecer vários nomes, alguns que estavam até empregados. ?Será que esse cara sai? Será que dá??. Um deles, inclusive, era o Vojvoda, que eu estou trabalhando hoje. Não chegamos a ligar e tudo, mas ?será que vale a pena??. Ele estava na lista (de técnicos que interessavam)?
A reviravolta e o surgimento do nome de Leonardo Jardim
A mudança de rumo na busca pelo novo treinador ocorreu de forma súbita, impulsionada por contatos do mercado de agentes. Mattos relatou que a possibilidade de contar com Leonardo Jardim surgiu através de uma sinalização do empresário Paulo Pitombeira. Inicialmente, o dirigente celeste demonstrou ceticismo quanto à viabilidade financeira e ao interesse do português, que estava atuando no futebol do Oriente Médio.
O temor da diretoria residia no histórico de Jardim, que já havia declinado convites de outros gigantes do futebol brasileiro em anos anteriores. A percepção era de que os valores praticados em Dubai seriam proibitivos para a realidade financeira do Cruzeiro , o que tornava a negociação, a princípio, um cenário improvável dentro do planejamento de custos do clube.
?Claro, o Cruzeiro sem treinador é comum ter as ligações de empresários. Numa dessas ligações, o Paulo Pitombeira, que é um empresário: ?Por que você não não tenta o Léo Jardim??. Falei: ?O Léo já falou não para o Brasil tantas vezes para o Flamengo e tal. E está em um time em Dubai. Deve estar ganhando um dinheiro que é impagável??
Negociação relâmpago e o desejo pela América do Sul
O cenário mudou drasticamente após uma reunião virtual que superou as expectativas iniciais de ambas as partes. Segundo Mattos, a empatia imediata e o desejo genuíno do técnico em vivenciar o futebol sul-americano foram determinantes para que o acordo fosse selado com rapidez. Jardim estava disposto a romper seu vínculo no exterior para assumir o desafio em Belo Horizonte.
A postura do treinador foi decisiva, demonstrando insatisfação com promessas não cumpridas em seu clube anterior e uma vontade clara de liderar um projeto de reconstrução em uma equipe de massa no Brasil. Esse movimento de mercado acabou por definir o destino do Cruzeiro na temporada, resultando em uma campanha sólida no Campeonato Brasileiro, ainda que marcada por quedas precoces no Mineiro, na Sul-Americana e na Copa do Brasil.
"(...) Marcamos um Zoom paro dia seguinte. Seria talvez meia hora e foi uma hora. O zoom terminou e fizemos de novo. ?Tá, foi muito bom, deu uma empatia legal?. Eu falei: ?Vou esperar o Pitombeira me dar o feedback. Eles me ligam: ?Alexandre, se a gente chegar num acordo, ele falou que vai. Falou que vai no xeque lá do clube vai falar que tá insatisfeito com umas coisas que prometeram e não cumpriram. E vai embora. Ele quer ter uma experiência na América do Sul?
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