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Montillo Detalha o Inesquecível 6 a 1 do Cruzeiro: Uma Análise Profunda
Por Redação Raposa Azul em 11/10/2025 06:13
A vitória avassaladora de 6 a 1 do Cruzeiro sobre o Atlético, em 2011, permanece gravada na memória coletiva dos torcedores celestes como um marco de resiliência e um resgate improvável de uma situação delicada. Este evento sísmico, que viu a Raposa desmantelar seu arqui-inimigo na última rodada do Campeonato Brasileiro, ganha novos contornos com as recentes declarações de Walter Montillo, uma das figuras mais emblemáticas da equipe na década passada. O meio-campista argentino, embora ausente daquele confronto épico, oferece uma perspectiva singular sobre os dias que antecederam o jogo e a atmosfera que permeava o elenco.
A Goleada Inesquecível: O Resgate Celeste de 2011
O palco para o embate decisivo foi a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, uma escolha ditada pelas reformas do Mineirão, que se preparava para a Copa das Confederações de 2013 e o Mundial de 2014. A peculiaridade da ocasião foi a presença exclusiva da torcida cruzeirense, um caldeirão azul que impulsionava o time rumo à permanência na elite. Sob o comando técnico de Vagner Mancini, o Cruzeiro enfrentava a imperiosa necessidade de um triunfo para selar sua permanência na Série A, sem depender de resultados paralelos de concorrentes diretos como Athletico-PR e Ceará.
O desfecho, como se sabe, foi um espetáculo de superioridade azul. A Raposa aplicou uma goleada avassaladora de 6 a 1 sobre o Galo, um placar que transcendeu a rivalidade e garantiu a sobrevivência do clube na primeira divisão. Os tentos celestes foram anotados por Roger, Leandro Guerreiro, Anselmo Ramon, Fabrício, Wellington Paulista e Everton. Do lado alvinegro, Réver marcou o único gol, um mero consolo diante da magnitude da derrota.
Confira os marcadores daquela histórica partida:
Jogador | Gols | Time |
---|---|---|
Roger | 1 | Cruzeiro |
Leandro Guerreiro | 1 | Cruzeiro |
Anselmo Ramon | 1 | Cruzeiro |
Fabrício | 1 | Cruzeiro |
Wellington Paulista | 1 | Cruzeiro |
Everton | 1 | Cruzeiro |
Réver | 1 | Atlético |
Montillo Revela os Bastidores de uma Ausência Crucial
Curiosamente, o maestro da equipe, Walter Montillo , não pôde participar diretamente daquele triunfo histórico. O talentoso camisa 10 estava suspenso devido ao terceiro cartão amarelo, recebido na rodada anterior contra o Ceará. Sua ausência, ao lado da do goleiro Fábio, também suspenso, adicionou uma camada de dramaticidade à semana que antecedeu o clássico. Montillo compartilhou sua visão sobre o incidente que o tirou de campo.
O argentino recordou a tensão do empate em 2 a 2 com o Ceará, um resultado que manteve o Cruzeiro em situação de risco.
"Isso foi uma loucura. Foi uma loucura porque a gente estava ganhando de 2 a 1 contra o Ceará e faltava cinco minutos pra acabar o jogo. Eu já tinha tomado um cartão, mas se a gente ganhasse, ficava fora do rebaixamento. Faltando dois, três minutos, tomamos o gol. O vestiário esse dia ficou bravo depois do jogo", narrou Montillo, evidenciando o clima de frustração e apreensão.
A semana subsequente ao jogo contra o Vozão foi de profunda angústia para o elenco . A suspensão de dois pilares como Montillo e Fábio parecia um golpe duro. Contudo, o ex-meia oferece uma interpretação quase predestinada para os acontecimentos.
"Foi uma semana de muita tristeza, porque o Fábio também tomou (cartão amarelo). Nós dois juntos ficamos de fora. Mas tinha que ser assim, desse jeito. Tinha que ser para o Rafael se consolidar, o Roger que às vezes não jogava do começo. Eles foram muito bem nesse jogo, graças a Deus", afirmou, sugerindo que a adversidade abriu caminho para outros jogadores se destacarem e consolidarem suas posições.
A Trajetória de um Ídolo: O Legado de Montillo no Cruzeiro
Antes de se tornar uma lenda azul, Walter Montillo iniciou sua carreira no San Lorenzo, na Argentina. Seu talento começou a brilhar intensamente durante sua passagem pela Universidad de Chile, entre 2008 e 2010. Foi nesse período que o craque chamou a atenção do cenário sul-americano, notadamente com um golaço marcante contra o Flamengo, em uma partida da Copa Libertadores de 2010.
A chegada de Montillo ao Cruzeiro , no mesmo ano de 2010, foi um divisor de águas. Vestindo a icônica camisa 10, o meia rapidamente conquistou a afeição da torcida e se estabeleceu como a liderança técnica da equipe. Sua influência foi fundamental para o vice-campeonato brasileiro de 2010, e no ano seguinte, ele foi peça chave na conquista do Campeonato Mineiro. Sua passagem pela Toca da Raposa é lembrada não apenas pelos títulos, mas pela maestria e visão de jogo que o diferenciavam.
A seguir, os números que consolidam a marca de Montillo no Cruzeiro :
Estatística | Valor |
---|---|
Partidas | 119 |
Gols | 36 |
Assistências | 27 |
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