Sobis Critica Atlético: 'Não Sabe Ser Campeão' em Finais Internacionais

Rafael Sobis, uma figura emblemática na história do Cruzeiro, utilizou suas plataformas digitais neste domingo (23) para tecer uma análise contundente sobre o desempenho do Atlético-MG. A intervenção do ex-atacante ocorreu logo após o revés da equipe alvinegra na final da Copa Sul-Americana, diante do Lanús-ARG. Com a acidez característica de um colunista experiente, Sobis enalteceu a trajetória histórica do clube rival, mas não hesitou em afirmar que o atual elenco atleticano demonstra uma notável inaptidão para conquistar títulos.

Para o ídolo celeste, a recente derrota do Atlético, ocorrida neste sábado (22), não é um evento isolado. Ela se soma a um revés na final da Copa Libertadores da temporada anterior como evidências irrefutáveis de que o time alvinegro ainda não possui a maturidade necessária para erguer um troféu. Sobis relembra que, em um momento crucial de 2024, o Galo viu escapar a chance da ?Glória Eterna? ao ser superado pelo Botafogo, que jogou com um atleta a menos por toda a duração da partida. Tais episódios, segundo ele, desenham um padrão preocupante.

A Visão Crítica de um Campeão

A análise de Rafael Sobis transcende o resultado imediato, mergulhando na mentalidade do clube em momentos decisivos. Ele questiona a capacidade do Atlético em converter o favoritismo e as oportunidades em conquistas tangíveis. Veja a íntegra da análise de Rafael Sobis sobre o momento do Atlético:

Meu breve comentário vai ser sobre a Copa Sul-Americana e sobre o Atlético. Time que foi meu rival por muito tempo e olha, era difícil jogar contra. O que acontece? O Atlético perdeu mais um título internacional. Me surpreendeu de uma maneira ou outra, apesar de que final tudo é igual. Mas eu vi o Atlético como favorito e perdeu mais um título.

A verdade é que, hoje, não estou contando a história do Atlético, que é linda, maravilhosa, e é um grande time a nível nacional e internacional. Mas quem lembra que o Atlético perdeu a final da Libertadores e, talvez nunca, jamais na vida, um time possa ter oportunidade de jogar uma final de uma Libertadores com um homem a mais desde o primeiro tempo.

Da mesma forma que para o Botafogo foi uma epopeia, para o Atlético também foi, só que ao contrário, né? Tiveram a chance nas mãos. Qualquer time queria ter a oportunidade de jogar uma final de Libertadores com um a mais o jogo todo. Pois bem, ontem, perdeu mais um título, pro Lanús, onde eu achei que o Atlético era favorito.

O que me faz pensar nisso: o Atlético não é um time pronto para ser campeão. O Atlético não sabe ser campeão. Imagina dois títulos internacionais em dois anos. Que lindo seria, né? E esses jogadores seriam lembrados pro resto da vida. É isso que diferencia - não a história do clube, mas no momento, o grande campeão do ?não campeão?.

Por isso que eu que eu penso aqui, o Atlético está fazendo um trabalho maravilhoso, grandes jogadores, grandes nomes, mas não está sabendo ser campeão. Ontem, o Atlético, se jogasse um pouquinho mais, levava esse título. É o futebol, isso é o que define o grande campeão, o que fica pra história e o que fica no quase.

O Padrão das Oportunidades Perdidas

A sequência de resultados aquém do esperado em confrontos de alta relevância, como a final da Libertadores (com vantagem numérica) e a recente perda da Sul-Americana, reforça a tese de Sobis. Ele argumenta que, apesar do talento individual e da estrutura robusta do clube, a equipe alvinegra falha em materializar seu potencial em conquistas concretas. A observação do ex-Cruzeiro, portanto, transcende a simples análise de uma partida, apontando para uma questão mais profunda de mentalidade e prontidão para o triunfo.

Para ilustrar os reveses mencionados por Sobis, compilamos os dados dos eventos citados:

Os Detalhes da Queda na Sul-Americana

A derrota para o Lanús neste sábado (22) selou a segunda colocação do Atlético na Copa Sul-Americana. Após um empate em 0 a 0 no tempo regulamentar e na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis. O Galo sucumbiu por 5 a 4 nas cobranças, com erros capitais de Hulk, Biel e Vitor Hugo, que determinaram o destino da equipe na competição. Este resultado, para Sobis, é mais uma prova da ausência de uma mentalidade vencedora em momentos de máxima exigência.