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Wanderson no Cruzeiro: Entenda o Jejum de Gols, a Função Tática e a Chegada de Sinisterra
Por Redação Raposa Azul em 22/08/2025 03:11
O atacante Wanderson, desde sua chegada ao Cruzeiro, se consolidou como um dos atletas mais utilizados no elenco, participando de 26 dos 29 confrontos disputados pela Raposa na temporada. Deste total, foi titular em 21 partidas. Contudo, apesar da inegável presença em campo, o grito de gol com a camisa celeste ainda não ecoou, marcando um jejum que se estende por um período significativo.
Esta ausência de gols representa o mais longo período sem balançar as redes na carreira de Wanderson desde seu retorno ao futebol brasileiro em 2022. Naquela temporada, vestindo a camisa do Internacional, o atacante demonstrou maior efetividade ofensiva, anotando sete gols em 32 aparições. Em 2023, pelo mesmo clube, registrou oito gols em 61 jogos, e no início de 2024, antes de sua transferência, fez um gol em nove partidas.
Atualmente, o jogador contabiliza 28 jogos consecutivos sem marcar um gol, superando seu pior momento anterior no Brasil. Desse total, 19 partidas foram pelo Campeonato Brasileiro. O último gol de Wanderson ocorreu em 22 de fevereiro, ainda pelo Internacional. Até o próximo confronto entre Cruzeiro e seu ex-clube, a marca de 192 dias sem gol será alcançada. Apesar da seca, ele contribuiu com duas assistências neste período: uma na Sul-Americana contra o Palestino e outra no Brasileirão diante do Santos.
A Função Tática de Wanderson no Esquema do Cruzeiro
Apesar da ausência de gols, a permanência de Wanderson no time titular tem uma explicação tática clara. O técnico Leonardo Jardim destacou, após a vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, a importância de suas atribuições em campo, que vão além da finalização. O jogador atua predominantemente pelo corredor esquerdo, desempenhando um papel crucial na recomposição defensiva da equipe.
- Se perceberem, o Wanderson é um médio, com arrasto de jogo ofensivo, mas também um médio trabalho em termos de trabalhos defensivos. Ele não é um atacante, porque atacante, para mim, só tem o Kaio (Jorge). Depois temos uma dinâmica de jogo que permite, de vez em quando, o Christian aparecer, o Matheus, o Wanderson e até o Gabriel com mais mobilidade.
A visão de Jardim o posiciona mais como um "médio" com vocação ofensiva do que um atacante puro, justificando sua presença no onze inicial pela capacidade de equilibrar o jogo e "estancar um pouco a força dos duelos individuais", conforme outra declaração do treinador.
Para contextualizar a trajetória de Wanderson e seu desempenho em diferentes fases, a tabela a seguir detalha seus números em temporadas recentes no futebol brasileiro:
Ano | Clube | Jogos | Gols | Assistências | Jogos Sem Gol |
---|---|---|---|---|---|
2022 | Internacional | 32 | 7 | - | 10 |
2023 | Internacional | 61 | 8 | 2 | 19 |
2024 (Inter) | Internacional | 9 | 1 | 1 | - |
2024 (Cruzeiro) | Cruzeiro | 26 | 0 | 2 | 28 (atual) |
A Nova Concorrência e o Futuro na Ponta Esquerda
A disputa por uma vaga na ponta esquerda do ataque celeste ganhou um novo e significativo capítulo com a contratação do colombiano Luís Sinisterra. O atacante de 26 anos, ex-Bournemouth, chega por pedido de Leonardo Jardim e representa um nome de peso, com passagem pela Premier League.
Contudo, Sinisterra demandará tempo para atingir o ritmo ideal de jogo. Sua última partida oficial foi em 15 de março, e uma lesão muscular o impediu de participar dos seis amistosos de pré-temporada de sua antiga equipe inglesa. Isso sugere que, inicialmente, Wanderson pode manter sua posição enquanto o reforço se condiciona plenamente.
Além de Sinisterra, outras opções para o setor esquerdo do ataque incluem Bolasie e Kaique Kenji. O congolês Bolasie, com 25 jogos pelo Cruzeiro , já balançou as redes quatro vezes e distribuiu três assistências, mostrando sua capacidade de decisão. Sua última aparição foi em 30 de julho, pela Copa do Brasil, contra o CRB.
Kaique Kenji , jovem promessa da base celeste de 19 anos, também busca espaço. Utilizado no time principal desde o final do ano passado, sob o comando de Fernando Diniz, Kenji atuou em cinco jogos na era Jardim sem marcar. No Sub-20, o atacante demonstra maior desenvoltura, com seis gols e uma assistência em 16 partidas nesta temporada, indicando um potencial a ser lapidado para o futuro da Raposa.
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