Cruzeiro 2025: O Segredo Por Trás do Elenco Mais Íntegro da Série A

O Cruzeiro encerrou a temporada de 2025 com um feito notável no controle de seus atletas: a equipe celeste registrou o menor número de lesões entre todos os participantes da Série A. Com apenas 22 ocorrências ao longo do ano, o clube mineiro demonstrou uma significativa evolução, marcando uma redução de 33% em comparação com as 33 baixas computadas em 2024. Este desempenho não é apenas um número, mas um reflexo da gestão e do investimento na saúde e na performance dos jogadores, elementos cruciais para a competitividade em alto nível.

Desde que os levantamentos sobre desfalques médicos na elite do futebol nacional começaram a ser realizados em 2016, este foi o ano mais positivo para a Raposa. O recorde anterior, que pertencia à temporada de 2023 com 25 ausências por questões clínicas, foi superado, estabelecendo um novo patamar de excelência no departamento de saúde do clube. Tais indicadores sugerem uma abordagem mais eficaz na prevenção e recuperação, um fator que, invariavelmente, se traduz em maior disponibilidade de elenco e consistência tática em campo.

A Gestão de Saúde: Vantagem Competitiva em 2025

Apesar do panorama geral otimista, o setor defensivo do Cruzeiro foi o mais impactado por ausências prolongadas. Os zagueiros Janderson e João Marcelo figuraram como os atletas que mais tempo estiveram afastados dos gramados, cada um com impressionantes 41 partidas perdidas, o que corresponde a 66% dos 62 jogos disputados pelo clube em 2025. Janderson sofreu uma ruptura do ligamento cruzado anterior e do menisco do joelho esquerdo em maio, culminando em cirurgia e o afastamento pelo restante do ano. João Marcelo , por sua vez, também passou por intervenção médica devido a uma lesão multiligamentar no joelho direito, ficando inativo de fevereiro a setembro.

Além da dupla de defensores, outros nomes importantes também precisaram de procedimentos cirúrgicos. O volante Matheus Henrique teve uma lesão no menisco do joelho direito em abril, resultando em 20 jogos de ausência. O atacante Marquinhos rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo em outubro, perdendo as 11 rodadas finais da temporada. Christian, embora tenha passado por uma intervenção ortodôntica, não teve sua situação diretamente relacionada à prática esportiva, o que o diferencia dos demais casos de lesões musculares ou articulares.

Desfalques Cruciais: Os Nomes que Fizeram Falta

A recorrência de problemas em alguns atletas também merece destaque. Bolasie e Wanderson foram os jogadores que mais vezes frequentaram o departamento médico, com três idas cada um ao longo do ano. O atacante congolês enfrentou uma lesão em março e outras duas em outubro, todas elas no joelho. O jogador brasileiro, por sua vez, teve um problema no joelho em maio e duas ocorrências em outubro, uma na região lombar e outra na coxa. Estes casos ressaltam a importância de um acompanhamento individualizado e a busca por identificar as causas de tais reincidências.

A seguir, uma tabela detalhando os principais desfalques individuais por lesão no Cruzeiro em 2025:

O Joelho: A Região Mais Vulnerável em 2025

A análise das lesões por parte do corpo revela uma tendência marcante: o joelho foi a área mais afetada entre os atletas do Cruzeiro em 2025. Das 22 contusões registradas na temporada, nove delas, o que representa 41% do total, tiveram o joelho como foco principal. Jogadores como Bolasie (em três ocasiões), Janderson, João Marcelo , Jonathan Jesus, Matheus Henrique , Marquinhos e Wanderson foram alguns dos que enfrentaram problemas nessa articulação crucial para o desempenho esportivo. Este dado aponta para a necessidade de atenção contínua e programas específicos de fortalecimento e prevenção para a região.

As informações que subsidiaram esta análise foram obtidas a partir do site oficial do Cruzeiro e complementadas por apurações junto aos setoristas do veículo no acompanhamento diário do clube. O recorte temporal para este levantamento abrangeu o período de 1º de janeiro a 23 de dezembro de 2025. A inclusão de um atleta no estudo baseou-se no veto do departamento médico para, no mínimo, uma partida oficial por motivo clínico, excluindo-se casos de jogadores poupados ou com desgaste físico sem impedimento direto para jogo.